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Alô, câmbio: o mundo (e para onde vai o dólar) pós-Super Quarta

Alô, câmbio: o mundo (e para onde vai o dólar) pós-Super Quarta

Alô, câmbio. Tudo bem com vocês?

O mundo segue bastante complicado, é verdade.

A volatilidade continua bastante alta, com as commodities e maioria dos ativos se comportando como um carrinho de montanha-russa (sem trocadilho).

E ontem (16), seguindo a agenda do mês, tivemos a tão esperada Super Quarta dos Banco Centrais. Nada menos que Fed e Bacen decidindo a sua política de juros no mesmo dia… E foi dentro do esperado.

Câmbio: Decisão do Fed

Pela ordem de anúncio realizado, vamos falar primeiro do Fed…

O Federal Reserve decidiu, depois de muita especulação, subir em 0,25% a taxa dos T-Bonds. Com os EUA batendo recorde atrás de recorde nos níveis de inflação, não existe outra alternativa.

Apesar do que foi dito por Powell após a decisão, seguem as apostas para mais uma sequência de altas nos próximos meses.

Depois, tivemos o Copom

O Copom, “atendendo a pedidos”, subiu a Selic em mais 1%. O choque de preços dos combustíveis e de itens que impactam a cesta básica como o trigo deve continuar pressionando o IPCA.

Dito isso, a conta de chegada é de algo em torno de 13% a 13,5% na taxa básica de juros ao final de 2022.

Ainda no Brasil

Vale continuarmos monitorando as ações do Governo em relação à vontade de gastar. Por mais “nobre” que sejam os motivos… A (pasta da) Economia começou a defender um aumento de auxílios e até mesmo “rebates” para “minimizar” a alta do diesel.

Nem precisa dizer que qualquer fato inesperado que altere as expectativas no fiscal tem todo potencial de piorar o preço dos ativos brasileiros.

Inclusive do câmbio. Claro!

Por mais que a tendência, sob “condições normais de temperatura e pressão” seja de valorização do real, não dá para garantir.

Tudo o que não temos agora são condições normais, bem longe disso. E não podemos esquecer do que acontece no Velho Continente, epicentro das preocupações de todos os investidores hoje em dia.

Então, falando de Europa

As negociações continuam emperradas entre Ucrânia e Rússia. Dentro do que falei na nossa live de Política Brasileira e Internacional na semana passada, o país invadido seguirá na estratégia de estender o conflito e manter (ou ampliar) o apoio do Ocidente.

Zelensky chegou a fazer um discurso (virtual) no Congresso americano ontem inclusive.

Já a Rússia…

Tenta ampliar a sua ofensiva militar e diplomática. O apoio chinês segue como principal “ativo” de Putin, porém outros países do Oriente e da própria Europa (Sérvia) começam a se alinhar a Moscou. É de fato um jogo de xadrez, onde o resultado segue bastante indefinido.

O mapa do conflito segue “congelado”

Já tem algumas semanas inclusive. Para quem tem acompanhado, as tropas russas seguem ao que parece cercar Kiev, enquanto expande as suas operações no Sul.

O tal corredor ligando as repúblicas separatistas com a Criméia segue sendo onde Moscou tem tido suas maiores vitórias. Porém, a Rússia não conseguiu tomar em definitivo cidades como Mariupol ou mesmo Kharkiv.

Não sabemos até quando vai esta situação…

Até mesmo porque, segundo muitos analistas, as tropas externas estão em número muito pequenos quando comparados com outros conflitos.

É claro que é uma situação completamente diferente em termos de escala de invasão. Porém, houve momentos em que os EUA mantiveram a proporção de 90 soldados para cada 1.000 alemães na Segunda Guerra Mundial.

Estimativas dão conta de que a Rússia tenha 4 para cada 1.000 ucranianos. Ou seja: existe espaço sim para uma escalada ainda maior no conflito.

Sendo assim…

Continuo sem poder cravar uma tendência para a nossa moeda, apenas a de que seguiremos com volatilidade.

Pode sim ser uma oportunidade para compradores de dólar, ainda mais se considerarmos que o ano mal começou. E já tínhamos, antes mesmo da guerra, uma expectativa de muita oscilação em 2022.

Câmbio, desligo.

Por Alexandre Viotto, head de câmbio e comércio exterior da EQI Investimentos

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