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Caged: Brasil tem saldo de 136.189 empregos em março

Caged: Brasil tem saldo de 136.189 empregos em março

O Brasil teve um saldo positivo líquido de 136.189 vagas formais de emprego criadas no mês de março. O crescimento foi em ritmo reduzido em relação a fevereiro, quando o saldo havia sido de 328 mil vagas.

Os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho. Apesar da redução, o índice ficou levemente acima do esperado pelo mercado financeiro, que estimava saldo positivo de 130 mil empregos (veja análise abaixo).

Ao todo, o país teve em março 1.953.071 admissões, cerca de 60 mil a menos que em janeiro, enquanto o número de desligamentos foi de 1.816,882 – cerca de 100 mil a mais que no mês anterior e o maior índice dos últimos doze meses.

Essas demissões resultaram em 674.603 novos pedidos de seguro-desemprego, também o índice mais alto dos últimos 12 meses.

O saldo positivo acumulado do ano de 2022 é de 615.173 empregos, decorrente de 5.820.897 admissões e de 5.205.724 desligamentos (com ajustes até março de 2022). Ao todo, são 41.293.528 empregos formais no país, um aumento de 0,33% em relação a fevereiro.

 

gráfico do Caged de março

Reprodução/Ministério do Trabalho

Análise setorial

Quatro dos cinco grandes setores de atividade econômica tiveram saldo positivo na criação de vagas em março.

  • Serviços – saldo de 111.613 vagas
  • Construção – saldo de 25.259 vagas
  • Indústria – saldo de 15.260 vagas
  • Comércio – saldo de 352 vagas
  • Agropecuária – redução de 15.995 vagas

No acumulado dos três primeiros meses do ano, porém, o setor ainda tem saldo positivo, e o comércio é que aparece com o pior saldo, com fechamento de mais de 54 mil vagas:

  • Serviços – saldo de 433.001 vagas
  • Construção – saldo de 100.487 vagas
  • Indústria – saldo de 109.673 vagas
  • Agropecuária – saldo de 26.137 vagas
  • Comércio – redução de 54.121 vagas

Tabela do Caged - admissões e demissões de empregos em steores da Economia

Análise regional

Quatro das cinco regiões do país tiveram saldo positivo na criação de empregos em março, com a maior concentração no Sudeste. O Nordeste foi a única a registrar déficit na criação de vagas:

  • Sudeste – saldo de 75.804 vagas
  • Sul – saldo de 33.601 vagas
  • Centro-Oeste – saldo de 20.262 vagas
  • Norte – saldo de 9.357 vagas
  • Nordeste – redução de 4.963 vagas

No acumulado do ano, entretanto, as cinco regiões permanecem com saldo positivo:

  • Sudeste – saldo de 287.291 vagas
  • Sul – saldo de 176.600 vagas
  • Centro-Oeste – saldo de 94.965 vagas
  • Norte – saldo de 25.298 vagas
  • Nordeste – saldo de 25.086 vagas

Tabela do Caged - admissões e demissões de empregos em Estados do País

Análise do Time Macro & Estratégia do BTG Pactual

Na visão dos analistas do Time Macro & Estratégia do BTG Pactual o número foi beneficiado pela sazonalidade, conversa com a retomada da mobilidade social e, consequentemente, a recomposição da atividade econômica, justificada pela melhora da situação sanitária no país.

Para os próximos meses, a equipe estima uma continuidade dos dados positivos para criação de novas vagas no setor formal, guiado pela melhora na margem da atividade econômica, que tem sido impulsionada pelos novos pacotes de estímulos fiscal (liberação do FGTS, 13º pensionistas, liberação de crédito) promovidos pelo governo federal.

Os indicadores antecedentes de confiança para o mês de abril já têm apontado uma melhora no sentimento com relação a situação atual e com as expectativas.

Por outro lado, a taxa Selic em patamares ainda mais contracionistas, somada aos preços elevados, deve prejudicar a realização de novos investimentos e, consequentemente, impactar a criação de novos postos para o segundo semestre deste ano e o ano de 2023.

Caged e PNAD: diferenças

Os dados do Caged se referem apenas a trabalhadores de setor privado com carteira assinada, a partir das movimentações das empresas que são informadas ao Ministério do Trabalho.

Assim, a conta não inclui os informais e, com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (PNAD Contínua).

Realizada e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a PNAD tem dados obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia. Em seu último levantamento, o IBGE mostrou que a taxa de desemprego no Brasil estava em 11,2% no trimestre encerrado em fevereiro, e a falta de trabalho atingia 12 milhões de brasileiros.

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