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BTG Pactual (BPAC11) analisa o cenário educacional brasileiro na CEO Conference Brasil 22

BTG Pactual (BPAC11) analisa o cenário educacional brasileiro na CEO Conference Brasil 22

O BTG Pactual (BPAC11), um dos maiores bancos de investimentos do Brasil, analisou o setor de educação na CEO Conference Brasil 22. O evento, que foi idealizado pela instituição financeira, ocorreu nos dias 22 e 23 de fevereiro na cidade de São Paulo.

O setor de graduação apresentou bons números relacionados ao primeiro ciclo de admissão, e este resultado é o reflexo do crescimento acelerado dos cursos inseridos na categoria de ensino a distância (EAD). A maior adversidade no segmento foi a pandemia de coronavirus, que causou impacto na modalidade presencial.

O BPAC11 acredita em um crescimento gradual para a educação nos próximos anos e frisou uma possível expansão relacionada as despesas financeiras e margens operacionais.

“não esperamos uma recuperação em forma de V (em termos de geração de fluxo de caixa para o acionista) no segmento este ano. Alguns desafios ainda permanecem.” informou trecho do relatório.

BTG (BPAC11): recomendação de compra

O setor presenciou uma série de mudanças estruturais em suas unidades de ensino ao longo dos últimos dois anos. A expansão dos cursos EAD e a redução das matrículas presenciais representam um novo momento de adaptação a médio prazo para as empresas que atuam neste mercado.

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O BTG manteve uma postura conservadora em seu relatório e destacou menor solidez no setor de educação, isto é, no comparativo com o segmento de saúde. Apesar da instabilidade, o BPAC11 recomendou a compra de ações da Universidade Cruzeiro do Sul (CSED3),  Ânima Educacional (ANIM3) e Vitru Educação (VTRU).

Recuperação da Cogna (COGN3)

Para a administração da Cogna Educacional (COGN3), que sofreu com o impacto da pandemia de coronavirus, o período de recuperação será mais lento. De acordo com a instituição, o número de alunos na modalidade presencial estará normalizado em 2 anos.  Vale lembrar que as margens operacionais da empresa foram pressionadas devido ao aumento da inflação de custos em 2021.

A COGN3 obteve grande expansão no ensino a distância e este resultado positivo contribuiu para o equilíbrio da instituição, que prevê um 2022 de recomeços. “Em suma, 2022 deve será o último ano de retração do faturamento da Kroton, enquanto devemos ver o faturamento e crescimento do EBITDA na Cogna graças ao melhor desempenho da Vasta. Na Vasta, espera-se que 2022 seja um ano de recuperação, com o reconhecimento do ACV sendo totalmente entregue, juntamente com margens crescendo a/a e mais estabilidade no negócio de não-assinatura” destacou o relatório.

Em relação à alavancagem financeira estima-se que a Cogna esteja abaixo de seus covenants de dívidas (3x Ebitda sem IFRS16),  que foram registrados no último ano. O fluxo de caixa positivo e o balanço alavancado mantiveram a avaliação do BPAC11 neutra

YDUQS (YDUQ3): novas perspectivas em cursos presenciais

A YDUQS (YDUQ3) prevê um ano de recuperação após a crise gerada pelo Covid-19.  Há a perspectiva de um aumento na captação de alunos no segmento presencial, o que pode simbolizar um recomeço para a instituição de ensino cujo os obstáculos são as pressões sobre os  preços dos cursos, em especial no EAD.

Em relação ao ensino premiun, a YDUQ3 manteve a sua base de alunos inabalável, e desta forma, a empresa conseguiu passar da alta inflação para o ticket médio.  É previsto um leve crescimento do Ebitda ao ano.

A YDUQS ainda destacou as aquisições em negócios de pequeno/médio porte. Vale destacar, que a empresa conta com uma das menores alavancagens no setor de educação, e desta forma, a YDUQ3 consegue manter uma posição privilegiada. Para o Banco BTG, os maiores entraves foram os números fracos relacionados aos lucros.

ÂNIMA (ANIM3): expectativa de melhores margens em 2022

O aumento da captação para o 1S22 é a meta da Ânima (ANIM3), que está em constante progresso desde a integração com os ativos da Laureate. De acordo com a instituição, o bom momento representa a decisão de retomar a maioria das operações no segmento presencial.

Existe expectativa de um crescimento abaixo da inflação no ticket médio da Anima, da mesma forma, que há perspectiva de entrega de margens melhores ao ano devido as aquisições recentes e a implementação do E2a.

O Banco BTG manteve a sua recomendação de compra para a ANIM3, e segundo a instituição financeira, o ativo está subvalorizado em virtude dos investimentos da DNA Capital na Inspiralli.

SER (SEER3): investimentos em ativos

A SER (SEER3) acredita na integração do seu ecossistema com a aquisição de edtechs e com a implementação do curso de veterinária. Dentro deste prima é previsto o crescimento de alunos ao longo do ano, o que é consequência dos bons números registrados no 3T21 e 1T22.

O resultado positivo foi impulsionado pelo modelo híbrido/digital implantado pela instituição. O BPAC11 destacou os fortes investimentos nos ativos recém-adquiridos da SER e a aquisição de novas unidades de graduação presencial, o que pode representar crescimento nas margens em 2023.

O BTG manteve recomendação neutra em virtude da instabilidade do setor, em especial, no modelo presencial.