O BTG Pactual (BPAC11) reitera a compra da Vale (VALE3). Isto porque o banco considera que as revisões de lucro da mineradora devem ser para cima. De acordo com a instituição, a divisão de metais básicos da Vale pode ser uma fonte de retorno potencial que não está sendo precificado pelo mercado.
“Esperamos que o consenso revise (em torno de 20% para cima) as expectativas de lucros nas próximas semanas. Recomendamos aos investidores que comprem Vale no preço atual”, diz o BTG. O preço-alvo é de R$ 115.
BTG (BPAC11): commodity “esquecida” pode ser relevante
O banco relata que às vezes, por conta das preocupações com minério de ferro, há que levar em conta que a Vale é a segunda maior produtora de níquel do mundo, atrás da russa Norilsk.
A empresa responde por cerca de 5% a 6% da oferta global, o que é considerado bastante relevante e, neste momento, talvez subvalorizado pelo mercado.
“À medida que as tensões geopolíticas se desenrolam (não temos absolutamente nenhuma capacidade em prever os próximos passos), os preços do níquel estão a caminho de atingir as máximas da década de US$ 25.000/t (a Rússia responde por cerca de 7% da oferta global). Uma boa oportunidade para revisitar esta linha de negócios”, aponta o documento do BTG.
Confira comportamento das ações VALE3 no último mês:
Debêntures perpétuas da Vale (VALE3): um atrativo
Nos últimos anos, um título do mercado secundário tem chamado muito a atenção dos negociantes de papéis: são as debêntures perpétuas da Vale (VALE3). No entanto, são títulos que existem desde o ano de 1997, mas que nunca foram cobiçados. Em seu lançamento, o valor era de apenas R$ 0,01. Apresentamos neste artigo as principais informações a respeito desse título que ganhou bastante notoriedade no mercado recentemente. Ao ler o texto, você saberá qual é a origem desse papel, bem como como é seu histórico de negociação. Ao final, descobrirá porque ele está tão cobiçado nos tempos atuais.
Debêntures perpétuas ou participativas: qual é a diferença?
Na verdade, as diferentes nomenclaturas dadas a essas debêntures da Vale dizem respeito ao mesmo papel. No entanto, o significado de cada expressão remete a uma característica diferente desse rentável instrumento financeiro da companhia mineradora.
Toda debênture possui um prazo de vencimento que determinará por quanto tempo o papel existirá. Normalmente, é de cinco anos quando esses títulos de dívidas são lançados por alguma empresa de capital aberto listada em bolsa de valores. Contudo, no caso das debêntures da Vale negociadas sob o código CVRDA6 simplesmente não existe data de vencimento.
Isso foi provisionado quando de seu lançamento. Além de outras características mais, a ausência de validade dos títulos foi uma das condições impostas quando as debêntures foram lançadas. Assim, como não há data de vencimento, elas acabaram sendo chamadas de perpétuas. Ou seja, via de regra, jamais deixarão de existir.
Já o termo “participativa” deriva do fato de que os titulares dessas debêntures têm participação em um tipo de resultado específico. Neste caso, estamos falando da receita operacional de algumas minas de extração. Ou seja, os donos das debêntures participativas da Vale são remunerados pelos resultados atingidos em algumas minas da gigante mundial em extração minerária.
Cabe reforçar que essa presença dos titulares das CVRDA6 nos resultados alcançados se dá apenas em relação à extração de minério de ferro. Soma-se a isso a condição de ser apenas em algumas minas específicas no Norte e no Sudeste do Brasil, além de concentrado de cobre (mas apenas com uma pequena parte).
Mas isso não é um problema para os detentores desse título. Isso porque fica localizada na mina de Carajás, no Estado do Pará, a maior jazida de minério de ferro do mundo, com previsão de extração de 250 anos do referido material. É um período considerável para auferir lucros.