O Brasil gerou 155,178 mil empregos formais em janeiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ministério do Trabalho.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (10), ao todo o país registrou em janeiro 1.777.646 contratações e 1.622.468 demissões.
O levantamento mostra ainda que o resultado representa piora na comparação com janeiro de 2021, quando foram abertos 254.323 empregos formais na economia.
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Caged e PNAD: diferenças
Ainda de acordo com o Caged, os dados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não inclui os informais e, com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
O ministério elencou, também, que os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Em levantamento de outra autarquia, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,1% no trimestre encerrado em dezembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros.
Destaques do Caged em janeiro
- Agro abre 25.014 vagas ?
Indústria geral abre 521.419 vagas ?
Construção civil abre 36.809 vagas?
Comércio fecha 60.088 vagas?
Serviços abre 102.026 vagas?
Tá, e daí?
De acordo com o BTG Pactual (BPAC11), o Caged aponta dado em linha com o projetado para janeiro.
“Em janeiro, o Caged apontou a abertura 155 mil vagas, em linha com o esperado pelo consenso de mercado. A abertura de vagas mais tímida em comparação ao mesmo período de 2021 reflete o arrefecimento da atividade econômica no mês, impactado pelo cenário macroeconômico desafiador e pela redução marginal da mobilidade social com o avanço da variante Ômicron e da gripe H3N2”, destacou a equipe de research do banco de investimentos.
E disse mais: “na leitura, destaque para a abertura de 102 mil vagas no setor de Serviços e 51,1 mil na Indústria Geral. Por outro lado, o Comércio registrou o encerramento de 60 mil vagas, movimento que conversa com a deterioração da situação sanitária no período.”
E para frente?
O BTG diz entender que nos próximos meses observará uma normalização da criação das novas vagas, seguindo a normalização da atividade econômica. Além disso, a taxa Selic em patamares ainda mais contracionistas deve prejudicar a realização de novos investimentos e, consequentemente impactar a criação de novos postos.
“Por outro lado, ressaltamos que há espaço para retomada de alguns subgrupos, principalmente pelas menores restrições de mobilidade social e pela necessidade de recomposição de estoques na indústria de transformação”, frisou.