O Programa Bolsa Família, criado para atender pessoas que vivem em situação de pobreza (com renda per capita entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês) e extrema pobreza (até R$ 89 mensais), pode sofrer um duro golpe em 2020.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira (10), o plano de reformulação do programa, já nas mãos do presidente Jair Bolsonaro, tem boas chances de não sair do papel por falta de dinheiro.
A ideia da expansão do projeto, elaborada pelo Ministério da Cidadania e pela Casa Civil, visava à priorização das camadas mais pobres da sociedade, elevando os gastos do programa em R$ 16 bilhões.
Paulo Guedes e o time do Ministério da Economia, no entanto, colocaram resistência aos novos números, já que, em 2020, o orçamento previsto para o Bolsa Família é de R$ 29,5 bilhões, menor do que o de 2019 (R$ 32,5 bilhões).
Cálculos preliminares divulgados pela Folha apontam que seriam necessários R$ 4 bilhões apenas para dar um upgrande na situação da parcela mais pobre do programa, mas o Governo defende que a injeção seja, no máximo, de R$ 2 bilhões.
Pontos principais
A reportagem da Folha apontou que são cinco os planos principais que poderão receber mudanças no Bolsa Família caso a ideia seja aprovada. Confira:
- Subida do Orçamento de R$ 2 bilhões para R$ 10 bilhões;
- Aumento para a faixa mais miserável, que recebe até R$ 89 mensais;
- Bônus para famílias que tenham filhos com bom rendimento na escola ou nos esportes;
- Extra no benefício para famílias com filhos entre 16 e 21 anos;
- Ampliação nos programas de combate às fraudes.