01 Ago 2022 às 08:50 · Última atualização: 01 Ago 2022 · 3 min leitura
01 Ago 2022 às 08:50 · 3 min leitura
Última atualização: 01 Ago 2022
O Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado na manhã desta segunda-feira (1º), projeta inflação menor em 2022 e juros maiores em 2023.
Isso porque o relatório informa que a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 recua de 7,30% para 7,15%. Para 2023 ele avança de 5,30% para 5,33%.
Importante frisar que esta é uma expectativa de instituições financeiras e de mercado pesquisadas pela autoridade monetária, ou seja, uma projeção.
Seguindo o relatório, o Focus projeta a Selic estável este ano, em 13,75%. Trata-se da taxa básica de juros da economia e, para 2023, projeta elevação de 10,75% para 11%.
Em se tratando do Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa é que este indicador avance de 1,93% em 2022 para 1,97%. Já para 2023 haverá recuo ao passar de 0,49% para 0,40%.
Por fim, em relação ao câmbio, o Focus projeta que este se mantenha estável em 2022, em R$ 5,20, bem como estável em 2023, também em R$ 5,20.
Mais cedo a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da quarta quadrissemana de julho de 2022 caiu 1,19% e acumula alta de 8,00% nos últimos 12 meses.
Outro indicador importante, a confiança empresarial caiu 0,3 ponto em julho, após quatro altas consecutivas, e o índice alcança agora 98,5 pontos. O indicador mantém tendência de alta em médias móveis trimestrais.
Conforme a FGV, a confiança caiu em todos os setores que integram o índice, exceto no setor de Serviços, que manteve alta de 2,0 pontos.
Também disse que na Indústria de Transformação e Construção a queda foi influenciada por piora das expectativas.
A inflação mina o poder de compra da população e afeta os investimentos. Ela é chamada, de maneira lúdica, de dragão da economia, pois, como o ser mitológico, incendeia a plantação, assusta as pessoas e interfere na cadeia de negócios.
Trata-se de uma maneira figurada de dizer que ela prejudica o trabalho – e o trabalhador – bem como se coloca como empecilho para o bom andamento dos negócios. Por isso a autoridade monetária tenta “prendê-la” à meta de inflação, mas nem sempre obtém sucesso.