A partir de amanhã (17), os investidores brasileiros terão mais uma opção de aplicar o seu dinheiro em criptoativos, mas sem a necessidade de ter posse dele. A B3 (B3SA3) liberou a negociação do ETF (Exchange Traded Fund) da Hashdex DEFI Fundo de Índice, que terá o ticker DEFI11. Inclusive, os investidores já podem pedir reservas.
O DEFI11, gerenciado pela Hashdex, será um fundo de índice (ETF) que espelha o CF DeFi Modified Composite Index, que conta com 12 diferentes criptoativos do segmento, divididos nas categorias: Protocolos DeFi, Protocolos de Suporte e Plataformas de Registro.
Além do Ethereum, o principal blockchain com contrato inteligente da carteira, o índice será formado pelas seguintes blockchains: Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix, AMP, Polygon, Chainlink e The Graph.
O DEFI11 terá taxa de administração total de 1,3% e previsão de aplicação inicial por cota de R$ 50. De acordo com a Hashdex, XP, Itaú BBA e Banco Genial serão os coordenadores da oferta do novo ETF.
Outra opção de investir em DeFi na bolsa
No início de fevereiro, a QR Capital, gestora especializada em criptoativos, lançou na B3 o primeiro ETF baseado em DeFi no mundo, o QDFI11. Este índice acompanha o desempenho da Bloomberg Galaxy DeFi Index.
De acordo com a gestora, a carteira do QDFI11 conta com nove protocolos de finanças descentralizadas: Uniswap (UNI), Aave Decentralized Lending Pools (AAVE), MakerDao (MKR), Compound (COMP), Yearn.finance (YFI), SushiSwap (SUSHI), 0X (ZRX), Synthetix (SNX) e Curve (CRV).
Além do DEFI11, veja outro ETF de cripto da Hashdex na B3
Além do DEFI11, a Hashdex já gerencia outros ETFs baseados nos desempenhos de criptoativos, sendo o principal deles o HASH11.
Com menos de um ano de vida, o papel se tornou o segundo maior ETF, em relação ao número de cotistas, da B3, com cerca de 130 mil investidores. Recentemente, o HASH11 ultrapassou o BOVA11, que replica a rentabilidade o Ibovespa.
O índice está atrás apenas do IVVB11, que replica o desempenho da S&P 500. Este ETF está atrelado às bolsas de valores nova-iorquinas (NYSE e Nasdaq).
Atualmente, o HASH11 é composto pelas seguintes criptomoedas: Bitcoin (62,24%), Ethereum (34,15%), Litecoin (0,97%), Chainlink (0,92%), Uniswap (0,53%), Bitcoin Cash (0,48%), Stellar (0,39%) e Filecoin (0,34%).
O que é DeFi?
A Decentralized Finance, também conhecido como DeFi, pode ser denominada como finança descentralizada e representa um dos principais produtos no mundo dos criptoativos.
A função dessas blockchains é permitir a livre transferência e custódia dos ativos digitais por meio de serviços financeiros que são controlados por meio de contratos inteligentes (smart contracts).
Estes contratos digitais programáveis são responsáveis por executar de forma automática um código previamente definido.
De acordo com o Mercado Bitcoin, uma das maiores exchanges de criptos da América Latina, as principais características dos DeFi são:
- Sistema aberto, interconectado e sem possibilidade de bloqueios;
- Busca construir um ecossistema de serviços financeiros sem autoridade central;
- Estas aplicações são armazenadas dentro de um banco de dados compartilhados (blockchain);
- Grande parte dos projetos são de código-fonte aberto (open source).
Para registrar as atividades no blockchain, que é o banco de dados armazenado de forma pública e sem um controle central, o usuário do DeFi tem que pagar uma taxa aos mineradores da rede.
Atualmente, o Ethereum é o principal criptoativo do mercado, em que domina mais de 70% do volume negociado.
Dicas para iniciar no mundo das criptomoedas
Muitas pessoas ainda têm receio de entrar no mundo das criptomoedas, ainda que elas sejam uma das principais sensações entre os investidores. Contudo, há uma alternativa para investir neles através dos fundos de investimentos (FI), que são gerenciados por grandes gestoras de capital.
A forma mais usual dos fundos de investimentos é construir uma exchage traded found, ou simplesmente ETF. Eles são uma forma simplificada de investir em ativos digitais, pois a distribuição dos recursos fica a cargo da gestão profissional do fundo.
Vale lembrar que existe uma política de investimento que o gestor deve seguir. No entanto, ela está disponível para consulta do investidor antes mesmo que ele faça seu primeiro aporte.
Logo, antes de investir e estiver iniciando no mundo das criptomoedas é possível verificar de que forma o fundo faz seus investimentos, como em relação aos percentuais em cada criptomoeda.
Essa opção costuma ser mais simples do que investir diretamente em criptomoedas, além de contar com a regulação dos órgãos oficiais do Sistema Financeiro Nacional.
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