O avanço econômico e o ajuste fiscal do Brasil nos últimos meses foram notados pelas principais agências de classificação de risco, mas o “caminho ainda é longo” para que a nota do País se torne ainda maior.
Segundo Shelly Shetty, analista de rating soberano para Brasil da Fitch, o aumento da nota dependerá, entre outros fatores, da sustentabilidade do crescimento econômico do País.
“Acreditamos que a economia brasileira está se recuperando gradualmente e projetamos que o crescimento atinja 1,1% em 2019 e 2,2% em 2020. No entanto, esse ritmo de crescimento ainda é relativamente medíocre e abaixo da mediana do BB”, pontuou, em entrevista ao Valor Econômico.
A análise de Shetty é semelhante à realizada por Samar Maziad, vice-presidente e principal analista para Brasil da agência Moody’s.
“A sustentabilidade da expansão da economia brasileira a partir de 2020 ainda é uma questão”, alertou, ressaltando que a expectativa do crescimento do PIB em aproximadamente 2% para 2020, segundo previsão do ministro Paulo Guedes, é um fator positivo para o perfil de crédito do Brasil.
Já a analista da S&P Global Ratings para a nota soberana do Brasil, Livia Honsel acredita que tanto as reformas fiscais quanto as microeconômicas são importantes para dar apoio à expansão da economia de forma sustentada.
Segundo ela, no entanto, as métricas do mercado não pautam as decisões das agências, ainda que os números sejam acompanhados de perto por todas elas.
“Somos muito mais lentos do que o mercado, a não ser que haja algum evento catastrófico”, concluiu.
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