Dona da Casas Bahia e Ponto, a Via (VIIA3) pretende fechar de 50 a 100 lojas ainda este ano, após reportar um segundo trimestre no vermelho.
A razão se dá pela alta necessidade de se “reinventar” e, assim, acompanhar o mercado que esta em constante transformação.
Isso porque as novas tecnologias aplicadas ao varejo e a concorrência cada vez mais acirrada com os conglomerados chineses entrando no Brasil e ganhando mercado, obriga a rede a buscar alternativas.
Entretanto, até que estas “alternativas” sejam encontradas, a Via se vê obrigada a cortar custos para, com isso, ajustar o caixa.
Recentemente a empresa anunciou a chegada dos novos diretores executivo (CEO), Renato Horta Franklin, e financeiro (CFO), Elcio Mitsuhiro.
Em documento encaminhado ao mercado, destacou que as prioridades do novo plano, chamado Via 2025, são focar na estabilização da operação, buscando geração de caixa e rentabilidade, e em uma maior disciplina de alocação.
Com o fechamento desse volume de lojas, a expectativa é que haja uma redução de gastos de até R$ 370 milhões. Fora isso, pretende também renegociar aluguéis e revisar seus sortimentos.
Vale destacar, também, que algumas categorias presentes no e-commerce da Via com margens negativas serão descontinuadas, passando apenas a ficar apenas no marketplace. O estoque destas estaria em R$ 150 milhões.
A rede elencou que outras iniciativas envolvem melhorias nos algoritmos de abastecimento, com potencial de reduzir o estoque em R$ 100 milhões, e reestruturação de capital.
Neste último ponto, a varejista espera constituir fundos de investimento em direitos creditórios (FDICs) para o seu crediário, cuja carteira fica acima de R$ 5 bilhões.
Todo esse movimento tem por objetivo permitir acesso ao mercado de capitais com “portfólio de alta qualidade de crédito e risco pulverizado” e que que tem potencial de R$ 5 bilhões de limite bancário viabilizando aumento da penetração do crediário, que é um catalisador de vendas.
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Dona da Casas Bahia (VIIA3): 2TRI23
A Via registrou prejuízo de R$ 492 milhões no 2TRI23 frente o lucro de R$ 6 milhões do segundo trimestre de 2022.
A receita líquida alcançou R$ 7,4 bilhões no trimestre, frente os R$ 7,6 bilhões obtidos no segundo trimestre de 2022.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 469 milhões no período.
O relatório aponta que no e-commerce o volume bruto de vendas (GMV), na sigla em inglês, recuou 5,1% na base anual, para R$ 3,5 bilhões.
Nas lojas físicas, o GMV ficou em R$ 6 bilhões, alta de 1,6% no ano, enquanto a margem bruta ficou em 28,5% ante os 32,1% no primeiro trimestre.
Já o lucro bruto foi de R$ 2,1 bilhões, com margem bruta de 28,5%, redução de 2,9 pontos percentuais.
A Via ainda teve um resultado financeiro negativo de R$ 864 milhões, alta de 49,5% no ano.
Bolsa
Por volta das 16h14 a ação VIIA3 subia 1,64%, cotada em R$ 1,86.

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