A venda da Sigma Lithium (SGML; $S2GM34), uma mineradora brasileira que atua no segmento de exploração de lítio, atravessa um período turbulento. Isso ocorre por conta da significativa queda no preço do minério e ainda devido a uma suposta disputa societária nos bastidores.
Reportagem do jornal Valor Econômico, cita que investidores interessados na compra da empresa brasileira precisariam revisar o eventual investimento na compra, tendo que rever alguns cálculos. Desde dezembro de 2022, o preço do lítio despencou cerca de 80%, chegando à cotação de US$ 13,4 mil por tonelada.
Grupos empresariais como a chinesa Cmoc e o fundo soberano da Arábia Saudita, o PIF, estariam interessados em uma possível aquisição, bem como montadoras de carros elétricos – um dos produtos que mais demanda lítio – como a Tesla (TSLA; $TSLA34).
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Venda da Sigma Lithium: batalha nos bastidores
Além da questão dos preços, de acordo com a publicação, outra questão nos bastidores da empresa também teria influência nas negociações: trata-se de uma batalha acionária envolvendo a controladora da companhia, Ana Cabral, e seu ex-marido, Calvyn Gardner. Isso porque havia um processo contra Garder e a nora, em Nova York, nos Estados Unidos, pela suposta subtração de pelo menos 80 mil documentos sobre a empresa.
Como esse caso ainda não tem um horizonte de quando poderia ter um desfecho, os investidores estariam preocupados o quanto essa disputa poderia respingar na própria mineradora, embora tenha sido divulgado que essa questão não afeta diretamente os negócios.
Apesar desse cenário, as ações da companhia dispararam na bolsa de Nova York nesta terça-feira (27). Os papéis SGML alcançaram alta de 5,68%, sendo vendidos a US$ 13,22. Na B3 ($B3SA3), o BDR da companhia de origem brasileira subiu 3,42%, a R$ 21,50.
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