Localizada no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, a empresa Sigma Lithium, responsável pela maior produção de lítio do Brasil – também chamado de“petróleo branco” -, é atualmente disputada por duas grandes montadoras: a alemã Volkswagen (VOW3) e a chinesa BYD (BYDDY).
Listada nas bolsas de Toronto (sob o código SGML.V) e Nasdaq (SGML), e com Brazilian Depositary Receipts (BDRs) negociados na B3 (sob o ticker $S2GM34), a Sigma é desejada pela Volkswagen, atualmente maior montadora da Europa, que tem como foco com a possível compra reduzir a dependência de matéria-prima para as baterias dos seus veículos elétricos vindos da China.
Já a BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo, quer oferecer carros eletrificados a preços mais acessíveis e para isso, precisa intensificar a sua presença fora da Ásia. A chinesa tem como objetivo investir R$ 3 bilhões na sua primeira fábrica de carros elétricos fora do continente asiático.

Lítio deve ver sua demanda crescer
Segundo projeção da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), o lítio deve aumentar a sua demanda em mais de 40 vezes até 2040.
No caso específico da Sigma, a companhia quer triplicar sua capacidade de produção, que atualmente gira em torno de 270 mil toneladas ao ano. Essa quantidade é suficiente para o abastecimento de 617 mil carros elétricos, que passaria para 1,6 milhão ainda em 2024.
Lítio verde
Comandada pela brasileira Ana Cabral-Gardner, a empresa brasileira vem atraindo a atenção de investidores no mundo todo por oferecer um lítio “verde”, ou seja, com emissão zero de carbono, sem rejeitos ou químicos nocivos, e ainda com uso de energia renovável e 100% de água reutilizada.
Conheça a história da Sigma Lithium
Fundada em 2012, a empresa com sede no Canadá foi fundada por Ana Cabral-Gardner e por seu ex-marido, Calvin Gardner, após viajarem para Austrália, China, Japão e outros países para conhecer o funcionamento do mercado de lítio.
Na época, Ana e seu sócio decidiram investir todo o seu capital na empresa que, mais tarde, se tornaria uma das principais do ramo.
Em 2018, com o objetivo de expandir ainda mais, a Sigma realizou o seu IPO na Bolsa do Canadá e em 2021, na Nasdaq, uma das bolsas com os parâmetros mais altos em exigências de governança corporativa, de performance e de transparência.
Naquele momento, o conceito de ESG (Environmental, Social and Governance) ainda não estava presente no Brasil, mas Ana já sabia que precisaria olhar para essas questões, afinal, poucas mineradoras estavam atentas a esses pontos.
Ainda em 2018, a Sigma utilizou todo o recurso que captou com o seu IPO para realizar uma planta de demonstração. A ideia era mostrar que era possível gerar valor ao mineral.
Após a pandemia, a demanda internacional por lítio verde aumentou e, atualmente, o preço de uma tonelada pode chegar a US$8.000 – produzir o lítio verde e assim, conseguir gerar dez vezes mais valor – naquele momento, de US$ 80 para US$ 800. Após a pandemia, a demanda internacional por lítio verde aumentou exponencialmente e segue apresentando números positivos até os dias de hoje.
Como investir na Sigma Lithium
Em julho de 2023, a Sigma fez a sua estreia na B3 (Bolsa de Valores Brasileira) por meio das BDRs (Brazilian Depositary Receipts) – títulos emitidos no Brasil que representam ações de empresas estrangeiras.
Mas os BDRs são apenas uma das opções de investimento na Sigma Lithium. A grande vantagem é que, para comprar BDRs, você não precisa ter conta no exterior e consegue fazer todo o procedimento diretamente da B3, a bolsa de valores brasileira.
No entanto, também é possível comprar ações da Sigma Lithium diretamente das bolsas Nasdaq ou de Toronto, tendo uma conta de investimento no exterior. O processo é bastante rápido e desburocratizado e a EQI Investimentos viabiliza a abertura de contas de investimento junto à Avenue e ao BTG Pactual. Fale com um dos nossos assessores e veja qual a melhor opção para o seu perfil.