A Vibra (VBBR3) tem interesse em diesel russo, segundo afirmação do CEO Ernesto Pousada em videoconferência com jornalistas.
Segundo o executivo, o produto é mais barato e isso, no contexto atual, é uma vantagem competitiva para a companhia.
A razão é simples: o lucro líquido da companhia referente ao segundo trimestre de 2023 recuou mais de 60%.
De acordo com o balanço, divulgado dia 14, a empresa obteve R$ 133 milhões no período frente os R$ 707 milhões do segundo trimestre de 2022.
Já a receita líquida recuou 21,1% ao marcar R$ 37,1 bilhões contra os R$ 47,1 bilhões do segundo trimestre de 2022.
De igual modo, o Ebitda caiu 43,1% no período ao marcar R$ 910 milhões contra o R$ 1,5 bilhão do segundo trimestre de 2022.
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Vibra (VBBR3): diesel russo
Na videoconferência, Pousada ressaltou que a empresa não comprou diesel de origem russa ao longo do segundo trimestre, enquanto avaliava questões de compliance.
Acontece que o país governado pelo presidente Vladimir Putin sofre sanções econômicas dos EUA e dos países filiados à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Isso porque em março de 2021 os soldados russos invadiram a Ucrânia e desde então há uma guerra entre as duas nações com sérias implicações para o Leste Europeu e para Regiões da Europa e Eurásia.
Decisão bastante pensada
Ainda assim, segundo Pousada, a decisão por considerar o diesel de origem russa como uma alternativa foi “bastante pensada, discutida” e tomada apenas após a companhia entender que a importação do produto “é estrutural e não oportunística”.
“Não podemos ficar de fora”, disse ele, visto que o produto da Rússia tem sido ofertado com desconto em relação a outras origens.
Levantamento da Reuters mostra que entre abril e junho, cerca de 55% do volume total de diesel importado pelo Brasil — de aproximadamente 3,5 bilhões de litros — foram de origem russa.
Bolsa
Por volta das 14h40 a ação VBB33 subia 5,26%, cotada em R$ 17,21.

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