A Vale (VALE3) divulgou um robusto relatório operacional referente ao segundo trimestre de 2025, com crescimento consistente em todos os segmentos de negócio. A companhia destacou avanços significativos na produção de minério de ferro, cobre e níquel, além de marcos importantes em seus projetos estratégicos.
A produção de minério de ferro somou 83,6 milhões de toneladas, um aumento de 4% na comparação anual. O crescimento foi impulsionado pelo forte desempenho da planta de Brucutu, que entrou em operação com sua quarta linha de processamento, e pelo recorde de produção no projeto S11D para um segundo trimestre. Por outro lado, as vendas do produto caíram 3%, totalizando 77,3 milhões de toneladas, dentro da estratégia da empresa de priorizar produtos com teor médio. Já a produção de pelotas recuou 12%, para 7,9 milhões de toneladas, conforme a revisão do guidance para 2025.
No segmento de cobre, a produção atingiu 92,6 mil toneladas, alta de 18% na comparação com o mesmo período de 2024. O resultado representa o melhor segundo trimestre desde 2019 e foi impulsionado pelos maiores teores em Sossego, pelo funcionamento em capacidade plena do Complexo de Salobo e pelo avanço gradual da planta VBME.
Já a produção de níquel totalizou 40,3 mil toneladas, um salto de 44% na comparação anual, marcando o melhor desempenho para um segundo trimestre desde 2021. O avanço foi puxado pelos ativos no Canadá, pela operação de Onça Puma e pela redução das paradas de manutenção, além da contribuição da VBME. A refinaria de Long Harbour registrou 11 mil toneladas, o maior volume trimestral desde sua inauguração.

Vale (VALE3): vendas de minério totalizam 77,3 milhões de toneladas
As vendas de minério de ferro totalizaram 77,3 milhões de toneladas no trimestre, 2,4 milhões a menos em relação ao mesmo período de 2024. A queda está relacionada à estratégia da empresa de otimização de portfólio, à concentração das entregas para a China — que demandam prazos logísticos mais longos — e à recomposição de estoques após as restrições operacionais do primeiro trimestre.
A $VALE3 apresentou um desempenho misto na produção de minério de ferro no segundo trimestre de 2025, com avanços nos Sistemas Norte e Sudeste, mas recuos no Sistema Sul e na produção de pelotas, conforme dados divulgados em relatório operacional.
No Sistema Norte, a produção aumentou 2,2 milhões de toneladas na comparação anual, alcançando o maior volume para um segundo trimestre desde 2021. O crescimento foi impulsionado pela melhoria contínua no desempenho do S11D e pelo avanço na produção em Serra Norte, resultado de um plano de lavra mais otimizado e flexível, ajustado às condições atuais de mercado.
Já no Sistema Sudeste, o aumento foi de 2,1 milhões de toneladas, refletindo o comissionamento da quarta linha de processamento da planta de Brucutu, que levou a unidade ao maior patamar de produção desde o terceiro trimestre de 2019. Também contribuiu o ramp-up do projeto Capanema, com 0,6 milhão de toneladas produzidas no trimestre, dentro do previsto. A elevação, no entanto, foi parcialmente compensada pela esperada queda na disponibilidade de minério bruto (ROM) no complexo de Itabira.
Em sentido oposto, o Sistema Sul teve redução de 2,2 milhões de toneladas na produção anual, impactado por menores volumes de run-of-mine (ROM) nos complexos de Vargem Grande e Paraopeba, devido à adoção de iniciativas voltadas à circularidade.
A produção de pelotas caiu 1 milhão de toneladas frente ao segundo trimestre de 2024, em linha com a revisão do guidance para 2025, que prevê entre 31 e 35 milhões de toneladas. Diante do cenário de mercado, a companhia decidiu antecipar a manutenção preventiva da usina de pelotização de São Luís no terceiro trimestre, suspendendo a produção nesse período. O pellet feed que seria destinado à pelotização será redirecionado para a venda de finos de minério de ferro, com o objetivo de maximizar o valor do portfólio, segundo a VALE3.