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Vale Base Metals: conheça a subsidiária da mineradora brasileira

Vale Base Metals: conheça a subsidiária da mineradora brasileira

A mineradora Vale (VALE3), observando o aumento da demanda por metais como níquel e cobre, principalmente após a pandemia, e considerados essenciais no contexto de transição energética, criou a Vale Base Metals. Ao constituir a companhia, a mineradora tinha o objetivo de que ela se tornasse uma das maiores mineradoras a médio prazo. Na ocasião, foram anunciados investimentos de US$ 6 bilhões.

A subsidiária da VALE3 será responsável pelas operações de extração de níquel e cobre, metais essenciais para a transição energética e o mercado de veículos elétricos. Na época, a companhia teria recebido ofertas não vinculantes de investidores, com perspectivas de valoração cujas previsões era de que pudesse atingir US$ 40 bilhões no futuro. 

O mercado global de cobre vive um momento de crescente demanda, impulsionado principalmente pela transição energética e pela aceleração da adoção de tecnologias sustentáveis, como veículos elétricos e energias renováveis.

Considerado um dos metais mais importantes para o futuro da economia verde, o cobre tem se consolidado como recurso estratégico para diversos setores industriais e tecnológicos. 

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Fatores que ajudam a Vale Base Metals

A expansão das energias renováveis, como a solar e a eólica, é um dos principais motores do aumento da demanda por cobre. Esses sistemas necessitam de grandes quantidades do metal para cabos, geradores e infraestrutura de transmissão. A International Copper Association estima que a transição energética exigirá cerca de 50 milhões de toneladas adicionais de cobre até 2030, sendo um fator de impulsionamento da subsidiária da Vale.

Outro fator relevante é o crescimento do mercado de veículos elétricos. Esses automóveis utilizam, em média, quatro vezes mais cobre do que veículos tradicionais, devido à necessidade de baterias, sistemas de recarga e motores elétricos. A Agência Internacional de Energia (IEA) prevê que a frota global de veículos elétricos poderá atingir 350 milhões até 2030, aumentando significativamente a demanda pelo metal. 

Com a perspectiva de oferta limitada e demanda crescente, o preço do cobre tem registrado oscilações, mas permanece em níveis historicamente elevados. Em 2023, o metal foi negociado na faixa de US$ 8.500 a US$ 9.500 por tonelada na Bolsa de Metais de Londres (LME), refletindo a confiança do mercado em seu papel estratégico na economia global. 

Os altos preços têm impacto direto na cadeia produtiva, elevando custos em setores como construção civil, eletrônicos e transportes. Por outro lado, também impulsionam investimentos em inovação, mineração sustentável e reciclagem, com diversas empresas buscando alternativas para atender às demandas de maneira mais eficiente e ambientalmente responsável. 

Leia também:

O cobre e a pandemia

A pandemia trouxe efeitos inflacionários que aumentaram a volatilidade dos preços das commodities, entre eles o cobre.

No Chile, maior produtor mundial de cobre, o metal desempenha um papel crucial para a economia local. Projeções indicam que o insumo pode aumentar o PIB chileno entre 0,5% e 1,5% em 2021, gerando mais de US$ 2 bilhões extras para o tesouro do país.

Segundo a Cochilco (Comissão Chilena de Cobre), o preço médio do cobre foi estimado em US$ 3,30/lb para 2021 e US$ 3,00/lb para 2022, com a previsão de um mercado equilibrado nos próximos anos. 

Venda de ativos da Vale Base Metals no Canadá

Nesta semana a Vale informou o início de uma revisão estratégica para explorar alternativas relacionadas aos seus ativos de mineração e exploração em Thompson, Manitoba, no Canadá. Entre as possibilidades avaliadas, está a potencial venda desses ativos.

A iniciativa faz parte de um esforço de otimização do portfólio da Vale Base Metals, com o objetivo de fortalecer a competitividade de sua base integrada de níquel. A conclusão do processo está prevista para o segundo semestre de 2025, segundo a Vale.

O Cinturão de Níquel de Thompson é um dos principais depósitos do metal, com operações contínuas desde 1956. Os ativos incluem duas minas subterrâneas em funcionamento, uma usina adjacente e um extenso cinturão mineral com 135 quilômetros de extensão, oferecendo oportunidades significativas de exploração.

De acordo com a Vale, essa revisão estratégica reflete a busca da empresa Vale em maximizar o valor de seus ativos e aprimorar sua posição no mercado global de níquel, um metal essencial para a transição energética e a produção de baterias.

Projeções

No fim do ano passado, a Vale anunciou suas projeções de produção para os próximos anos, prevendo alcançar 328 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro fino em 2024, com expectativa de atingir entre 340 e 360 Mt até 2026.

Além disso, a produção de cobre deve saltar de 345 mil toneladas em 2024 para até 700 mil toneladas em 2035. A companhia também estima um investimento total de US$ 6,1 bilhões em 2024, dos quais US$ 4,4 bilhões serão destinados à manutenção e US$ 1,7 bilhão a projetos de crescimento.

Para 2025, o Capex total deverá variar entre US$ 6,5 bilhões, com foco em Soluções de Minério de Ferro e Metais para Transição Energética. Em relação aos custos, a Vale projeta uma redução significativa. O custo caixa C1 do minério de ferro deve cair para menos de US$ 20 por tonelada em 2026, enquanto o custo all-in ficará entre US$ 50-54/t no mesmo período.

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