A Usiminas (USIM5) apresentou um prejuízo líquido de R$ 100 milhões no segundo trimestre de 2024 (2TRI24), revertendo o lucro líquido de R$ 287 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. No trimestre anterior, a empresa havia reportado um lucro líquido de R$ 36 milhões.
A receita líquida da Usiminas foi de R$ 6,35 bilhões, uma redução de 8% em comparação ao 2TRI23.
O Ebitda ajustado também sofreu uma queda significativa, totalizando R$ 247 milhões, uma redução de 33% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, os investimentos (CAPEX) da empresa caíram 74%, passando de R$ 879 milhões no 2TRI23 para R$ 231 milhões no 2TRI24.
Apesar dos desafios, o volume de vendas de aço aumentou 7% em relação ao 2TRI23, alcançando R$ 1,042 bilhão. No entanto, o volume de vendas de minério registrou uma queda de 16%, totalizando R$ 2,015 bilhões.
- Leia também: Usiminas: lucro líquido cai 93% no 1TRI24
Usiminas destaca avanços nas operações
No release dos resultados da Usiminas, a companhia destacou que 2024 está sendo um ano de avanços importantes nas operações, especialmente com a estabilização do Alto-Forno 3 da Usina de Ipatinga, que voltou a operar em novembro de 2023 após uma grande reforma.
“Desde junho de 2024, o equipamento opera conforme previsto em projeto, aumentando a competitividade da Usiminas”, afirmou a empresa.
A Usiminas também mencionou que os efeitos da melhora de performance e estabilização gradual das operações ajudaram a compensar parcialmente os impactos dos maiores preços de matérias-primas, principalmente placas de aço, e da desvalorização do Real frente ao dólar, que afetou fortemente os custos de produção.
“Esses efeitos foram mais acentuados na planta de Cubatão, que depende de placas externas para abastecer os laminadores”, explicou a empresa.
O sistema de cotas implementado em junho de 2024 para 11 NCMs de aço importado não produziu os efeitos esperados no mercado. O volume de aço plano importado nos primeiros seis meses de 2024 foi 22% maior que o volume do ano anterior, e a participação do aço importado no consumo aparente de aços planos subiu de 19% para 21% no mesmo período. Apesar disso, as vendas no mercado interno subiram 6% em relação ao 1TRI24.
“A receita líquida por tonelada foi impactada pelos ajustes de contratos para o setor automotivo, mas foi compensada parcialmente por um melhor mix de vendas, resultando numa redução da receita líquida por tonelada de 1%”, destacou a Usiminas.
No segmento de Mineração, os maiores volumes e melhores preços realizados no período levaram a um aumento de 31% na receita líquida por tonelada. No entanto, a margem EBITDA Ajustado caiu de 7% no 1TRI24 para 4% no 2T24.
Para o 3tri24, a Usiminas espera que o volume de venda de aço no mercado interno seja maior que o do trimestre anterior, apoiado pela expectativa de crescimento do setor automotivo (+5% vs. 2023 – ANFAVEA), do consumo das famílias (+3% vs. 2023 – Boletim Focus) e da Formação Bruta de Capital Fixo (+2,8% vs. 2023 – Boletim Focus). No entanto, a empresa ressalta que o ambiente no mercado externo continua desafiador.
Você leu sobre a Usiminas. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!