A Tesla (TSLA; TSLA34) alertou que está entre os exportadores americanos que podem ser afetados por tarifas retaliatórias caso o governo dos Estados Unidos adote novas medidas protecionistas. A preocupação foi expressa em uma carta enviada ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), disponível no site do órgão, na qual a montadora enfatiza que ações agressivas do governo podem prejudicar empresas americanas.
O posicionamento da Tesla chama atenção não apenas pelo peso da empresa no mercado automotivo, mas também pelo fato de seu CEO, Elon Musk, ser um dos principais aliados do presidente Donald Trump. Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental, tem defendido a redução do tamanho do governo federal, mas agora sua empresa se mostra preocupada com os possíveis impactos da política tarifária proposta.
Na carta, a Tesla destaca que exportadores americanos são particularmente vulneráveis a represálias de países afetados pelas tarifas dos EUA. A empresa lembra que, em disputas comerciais anteriores, países-alvo reagiram rapidamente impondo sobretaxas sobre veículos elétricos importados, impactando diretamente a montadora.
Tesla (TSLA; TSLA34) sugere implementação de medidas de forma gradual
A Tesla também argumenta que, mesmo com a estratégia de localização da cadeia de suprimentos, algumas peças e componentes são difíceis ou impossíveis de obter dentro dos Estados Unidos. Por isso, a montadora sugere que as medidas tarifárias sejam implementadas de forma gradual, permitindo às empresas tempo para se adaptarem às mudanças sem comprometer sua produção e competitividade global.
O grupo Autos Drive America, que representa grandes fabricantes estrangeiros como Toyota, Volkswagen, BMW, Honda e Hyundai, também enviou uma carta ao USTR alertando que tarifas generalizadas podem prejudicar a produção em fábricas nos EUA. O grupo destacou que mudanças abruptas nas cadeias de suprimentos podem resultar em preços mais altos para os consumidores, menor variedade de modelos disponíveis e até fechamento de linhas de produção, com risco de demissões na indústria automotiva.
O governo Trump avalia a possibilidade de impor tarifas significativas sobre veículos e peças importadas a partir de abril, o que pode reacender tensões comerciais entre os EUA e outros países.
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