Quatro anos após adquirir a Linx por R$ 6,7 bilhões, a Stone (STNE; $STOC31) decidiu vender sua participação na empresa de softwares de gestão. A decisão foi motivada pelos altos custos de aquisição de clientes e pela complexidade na manutenção de soluções tecnológicas para 14 segmentos de mercado. Segundo o jornal Valor Econômico, seis potenciais compradoras já interessadas, devem apresentar ofertas vinculantes no início de 2025.
Apesar de ter concentrado a atuação da Linx em setores estratégicos, como varejo, alimentação, farmácias e postos de combustíveis, a Stone concluiu que é mais vantajoso tratar a Linx como parceira comercial, e não como ativo. “A integração de softwares exige meses de trabalho, enquanto nossa operação de pagamentos é muito mais ágil”, afirmou Pedro Zinner, CEO da Stone.
Entre os interessados na aquisição, destaca-se a Totvs, que perdeu a disputa pela compra da Linx em 2020. Além dela, empresas globais como a canadense Constellation Software e a americana Roper Technologies estão no páreo. Outras candidatas incluem a varejista Mercado Livre, a gestora Advent e o fundo soberano de Cingapura (GIC). Procuradas, as empresas não comentaram o caso.
Linx: valor de venda é de R$ 4,5 bi
O preço de venda esperado é de cerca de R$ 4,5 bilhões, valor que representa 15 vezes o Ebitda da Linx, mas fica abaixo do que a Stone pagou em 2020. Esse cenário reflete tanto as dificuldades enfrentadas no setor quanto a pressão por resultados mais rápidos, um desafio comum em empresas de tecnologia no Brasil.
A Linx continua sendo uma das principais fornecedoras de software de gestão para o varejo no país, mas a venda sinaliza um reposicionamento estratégico da Stone no mercado. Enquanto isso, o interesse de gigantes internacionais reforça a relevância do mercado brasileiro de tecnologia e inovação.
A venda da Linx por parte da Stone foi ventilada em setembro, quando a companhia de pagamentos contratou recentemente os bancos americanos J.P. Morgan e Morgan Stanley para realizar a venda.
Stone e a compra tumultuada da Linx
A Stone adquiriu a Linx há quatro anos, por R$ 6,7 bilhões, mas enfrentou dificuldades na integração, que se mostrou mais complicada do que o previsto.
Além disso, a empresa precisou redirecionar seu foco para seu negócio principal, após o aumento da inadimplência em 2021, relacionado a uma operação de crédito lançada pouco antes. Isso resultou em uma queda acentuada no valor de mercado da Stone.
Atualmente, a Stone é listada na Nasdaq, sob o ticker STNE, e tem valor de mercado estimado em cerca de US$ 3,7 bilhões.
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