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As “sete magníficas”: quem são e como têm se saído

As “sete magníficas”: quem são e como têm se saído

As “sete magníficas”, como têm sido chamadas as gigantes de tecnologia dos EUA, divulgaram balanços decepcionantes nos 3TRI23. Veja mais!

As “sete magníficas”, como têm sido chamadas as gigantes de tecnologia norte-americanas, divulgaram balanços decepcionantes para o terceiro trimestre de 2023 (3TRI23) até então. As empresas, que lideram os ganhos no mercado de ações dos Estados Unidos neste ano, perderam cerca de US$ 386 bilhões em valor de mercado nos últimos dias, após as divulgações. 

As perdas das big techs podem levar a uma correção do índice S&P 500, que reúne os papéis mais negociados da bolsa de valores nos Estados Unidos.

Sete magníficas: quem são elas

Até então, Alphabet, a dona do Google (GOOGL; GOGL34); Microsoft (MSFT; MSFT34); Meta, do Facebook, Instagram e Whatsapp (META; $M1TA34); Tesla (TSLA; TSLA34) e Amazon (AMZO; AMZO34) já divulgaram seus resultados. Nos últimos 5 dias, todas têm ações em queda, com exceção da Amazon. 

As outras duas big techs das “sete magníficas”, a Nvidia (NVDA; NVDC34) e a Apple (AAPL; AAPL34), apresentam seus resultados em novembro.

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Big techs: como foi o 3TRI23

Para William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, a Alphabet, controladora do Google, em termos de receitas e lucros, os números vieram acima do esperado. Contudo, decepcionaram as expectativas do segmento de armazenamento em nuvem – o que “pesou sobre suas ações no after-market”.

Já a Microsoft, teve números acima do esperado, com despesas crescendo em um ritmo menor do que receitas, e lucro com avanço de 27% na comparação anual. Com isso, suas ações repercutiram positivamente após o fechamento.

O resultado da Amazon superou as estimativas do mercado nas principais linhas, mas ficou levemente aquém das projeções no segmento de armazenamento em nuvem. As ações, apesar de reverterem o movimento positivo no after-market, foram as únicas a não acumularem perdas na semana. Acompanhe abaixo.

Google

O Google entregou um crescimento de receita de 11%, voltando a crescer 2 dígitos de taxa pela primeira vez em um ano. No seu principal segmento de anúncios na sua ferramenta de busca (respondendo por 78% da receita da empresa), a empresa percebeu um crescimento de 9,5% de receita. As receitas de Youtube cresceram 12,5%, respondendo por 10% das receitas.

O segmento de armazenamento em nuvem, o Google Cloud, responsável por 11% das receitas, apesar de reportar um crescimento de 22% na comparação anual, apresentou números levemente aquém do esperado”, diz Alves. “A unidade tem sido uma área-chave de investimento para a empresa que busca competir com a Amazon e a Microsoft, as dominantes no segmento. O negócio está a tornar-se ainda mais importante com o desenvolvimento da inteligência artificial generativa, com mais empresas recorrendo a serviços de armazenamento na nuvem.”

O setor de ‘Other Bets’ (outras apostas), que inclui o negócio de carros autônomos Waymo e a unidade de ciências biológicas Verily, relataram receita de US$ 297 milhões, um crescimento de mais de 40% na comparação anual, mas ainda apresentou um prejuízo de US$ 1,19 bilhão no trimestre.

Em termos de resultado final o Google conseguiu expandir seu lucro operacional em 24,6%, saindo de US$ 17,1 bilhão e atingindo US$ 21,3 bilhões, em grande parte graças às diversas medidas de cortes de custos que a empresa vem implementando ao longo do ano”, conclui. 

Microsoft

O segmento de armazenamento em nuvem da Microsoft, que hoje responde por quase metade das receitas da empresa – cerca de 48% –, teve um crescimento de 19%, com números maiores do que o estimado pelo mercado. 

A unidade de Produtividade e Processos de Negócios (Microsoft 365, software corporativo LinkedIn e Dynamics) registrou receita de US$ 18,59 bilhões (33% da receita total), um aumento de 13% – números acima do esperado. 

O segmento de Personal Computing (Windows, Xbox, Bing e Surface) teve um crescimento modesto de receita na ordem de 3%, mas também acima do esperado pelo consenso.

A Microsoft continuou buscando medidas de redução e controle de gastos, em especial de pessoal, vendas e marketing. Com isso, suas despesas operacionais aumentaram em ritmo bem mais lento do que o crescimento de suas receitas, expandindo 1,3% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, na taxa mais lenta desde 2016”, pontua o estrategista.  

Ao longo do trimestre, diz, a empresa introduziu serviços de segurança cibernética, anunciou novos Surface PCs e disse que venderia um serviço de inteligência artificial, o Microsoft 365 Copilot AI, para empresas a partir de 1º de novembro. 

Além disso, finalizou a aquisição da Activision Blizzard, do segmento de games, o que deve afetar seus números no próximo trimestre.”

Amazon

As receitas da empresa cresceram 13% e o lucro líquido mais do que triplicou, saindo de US$ 2,9 bilhões um ano antes para US$ 9,9 bilhões. O segmento de e-commerce da Amazon apresentou uma expansão de 7%, o que representa um aumento ante os 4% do último trimestre. As receitas de anúncios tiveram uma expansão de 26% à medida que os vendedores e grandes marcas ampliaram seus gastos com publicidade para melhorar a visibilidade na plataforma.

Apesar dos números acima do esperado, a importante divisão de armazenamento em nuvem mostrou números aquém do esperado. A AWS apresentou um crescimento de 12%. Na mesma semana, a Microsoft divulgou uma receita 29% maior para o mesmo serviço, e o Google Cloud expandiu seus resultados em 22%”, disse o estrategista-chefe da Avenue.

O CFO Brian Olsavsky disse que a empresa continua vendo uma “otimização de custos” por parte dos clientes, ao justificar o menor crescimento.“Além disso, a empresa deu um guidance para o 4T23 em que o topo de suas estimativas ficou pouco acima do esperado pelo mercado, que pode estar demasiadamente otimista. A Amazon projeta vendas entre US$ 160 bilhões e US$ 167 bilhões; o mercado esperava US$ 166,6 bilhões”, diz William.