A EQI Research atualizou sua carteira recomendada Buy & Hold para o mês de agosto de 2025 com uma mudança relevante: a inclusão das ações da Rede D’Or (RDOR3) com peso de 5%. A nova alocação exigiu um ajuste no portfólio — o peso de Itaúsa (ITSA4) foi reduzido de 15% para 10%.
A carteira, assinada pelos analistas Felipe Paletta e Nicolas Merola, segue uma estratégia voltada ao longo prazo e, apesar da queda de 4,36% em julho (em linha com o desempenho do Ibovespa no mês, que teve queda de 4,17%), acumula valorização de 14,9% em 2025, superando o índice, que sobe 10,6% no ano.
Rede D’Or: crescimento estruturado a preço atrativo
A principal aposta do mês é a entrada da Rede D’Or, uma das maiores operadoras hospitalares do país. Para Felipe Paletta, o atual nível de preços oferece “um belo ponto de entrada” para um ativo com fundamentos sólidos:
“É uma empresa exposta a um setor secular, com forte geração de caixa, trajetória consistente de crescimento e múltiplos abaixo da média histórica.”
Presente em 13 estados brasileiros, com 71 hospitais próprios e mais de 12 mil leitos, a companhia tem ainda exposição recente ao setor de seguros, via SulAmérica. A ação é negociada a 13,4 vezes lucro estimado para 2026 e carrega projeção de crescimento do fluxo de caixa operacional de aproximadamente 16% ao ano nos próximos cinco anos.
Paletta reconhece riscos no curto prazo, como os efeitos da possível aquisição do Fleury e o ritmo de expansão de leitos, mas os considera superestimados frente ao potencial de longo prazo.
Por que reduzir Itaúsa?
A diminuição da participação de Itaúsa não significa desconfiança na tese. Segundo o relatório, a decisão reflete apenas uma leitura de custo de oportunidade frente à atratividade da Rede D’Or. A holding segue como uma das principais posições da carteira, especialmente por sua exposição ao Itaú Unibanco, que “tem mostrado evolução na digitalização e mantido rentabilidade acima do custo de capital”.
Top picks continuam: Eletrobras, JBS e Cosan entre destaques
Com peso de 15%, Eletrobras (ELET3) segue como a maior alocação da carteira. A tese se apoia na continuidade dos ganhos de eficiência após a privatização e no potencial de valorização diante da possibilidade de comercialização de energia no mercado livre.
Outros destaques incluem:
- JBS (JBSS32), que possui forte presença internacional e prepara listagem nos EUA. Tem potencial de valorização de 48,5%.
- Cosan (CSAN3), a maior aposta de valorização da carteira, com potencial de 115,9% e múltiplos muito descontados.
- Gerdau (GGBR4) e Prio (PRIO3) também são mantidas como apostas táticas em cenário de juros mais baixos.
Composição da carteira em agosto/25:
Ação | Ticker | Peso % EQI | Potencial de Valorização |
---|---|---|---|
Eletrobras | ELET3 | 15% | 40,4% |
Itaúsa | ITSA4 | 10% | 21,6% |
JBS | JBSS32 | 10% | 48,5% |
Grupo Mateus | GMAT3 | 10% | 24,1% |
Allos | ALOS3 | 10% | 27,8% |
Petrobras | PETR4 | 10% | 28,1% |
Equatorial | EQTL3 | 10% | 25% |
Rede D’Or | RDOR3 | 5% | 24,5% |
Porto Seguro | PSSA3 | 5% | 1,6% |
Prio | PRIO3 | 5% | 40,2% |
Cosan | CSAN3 | 5% | 115,9% |
Gerdau | GGBR4 | 5% | 36,1% |
Acesse o relatório completo da EQI Research
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