A Vale (VALE3) atualizou suas projeções operacionais e financeiras, destacando perspectivas de expansão gradual na produção de minério de ferro e metais básicos ao longo dos próximos anos. As novas estimativas reforçam a expectativa de que o ano feche com estabilidade, seguido por avanços relevantes em 2030 e 2035, sobretudo em cobre e soluções de reaproveitamento de rejeitos.
Para este ano, a companhia estima produzir aproximadamente 335 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro, volume que deve avançar para um intervalo entre 335 Mt e 345 Mt em 2026, chegando a cerca de 360 Mt em 2030. A produção de aglomerados, que está incluída no volume total de minério, deve ficar próxima de 31 Mt em 2025 e subir para 30–34 Mt no ano seguinte, alcançando entre 60 Mt e 70 Mt em 2030.
A Vale também projeta um marco relevante para 2030: mais de 30 Mt provenientes de rejeitos, reforçando a estratégia de eficiência produtiva e reaproveitamento de materiais.
Os investimentos de capital devem totalizar cerca de US$ 5,5 bilhões em 2025, recuar para uma faixa entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e permanecer abaixo de US$ 6 bilhões a partir de 2027. Desse total, o capex de crescimento deve ficar em torno de US$ 1,2 bilhão em 2025 e US$ 1,1 bilhão em 2026, enquanto os investimentos de manutenção somam US$ 4,3 bilhões e US$ 4,5 bilhões, respectivamente.
Por negócio, Soluções de Minério de Ferro concentra a maior parcela dos investimentos, com cerca de US$ 3,9 bilhões previstos para 2025 e US$ 4 bilhões para 2026, enquanto a divisão Vale Base Metals deve receber cerca de US$ 1,6 bilhão nos dois anos, subindo para US$ 2 bilhões a partir de 2027.

Produção da Vale: metais básicos
No segmento de metais básicos, o cobre deve totalizar cerca de 370 kt em 2025, manter um intervalo entre 350 kt e 380 kt em 2026 e escalar para 420–500 kt em 2030, atingindo 700 kt em 2035. Já o níquel tem projeção de 175 kt para 2025, podendo avançar para 175–200 kt em 2026 e 210–250 kt em 2030.
Nas vendas, a companhia estima vender cerca de 33 milhões de toneladas de produtos da linha Carajás Médio Teor em 2025, volume que pode alcançar 50 milhões de toneladas em 2026. Para o Pellet Feed China (PFC), as vendas previstas são de 26 milhões de toneladas em 2025 e 40 milhões de toneladas em 2026.
O teor médio de ferro contido nos produtos vendidos pelas Soluções de Minério de Ferro deve atingir aproximadamente 62,5% em 2025, reforçando o foco em qualidade.
No campo de custos, a Vale projeta o Custo Caixa C1 do minério de ferro em US$ 21,3/t em 2025, podendo variar entre US$ 20 e US$ 21,5/t em 2026. O custo all-in do minério de ferro deve ficar próximo de US$ 55/t em 2025, reduzindo para um intervalo de US$ 52 a US$ 56/t no ano seguinte.
Para o cobre, o custo all-in estimado é de cerca de US$ 1.000/t em 2025, dentro de uma faixa entre US$ 1.000 e US$ 1.500/t em 2026. No caso do níquel, o custo total deve girar em torno de US$ 13.000/t em 2025, podendo variar entre US$ 12.000 e US$ 13.500/t em 2026.
A companhia projeta ainda gastos fixos de US$ 5,8 bilhões em 2025 e US$ 5,7 bilhões em 2026 nas Soluções de Minério de Ferro, considerando custos de produção, manutenção e despesas administrativas.
Leia também:






