A Petrobras (PETR4) registrou lucro líquido de R$ 32,6 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões no trimestre anterior e apresentando uma alta de 22,3% em comparação ao lucro de R$ 26,6 bilhões registrado no mesmo período do ano passado.
Além disso, o lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, atingiu R$ 32,9 bilhões, uma expressiva alta de 109,4% frente ao trimestre anterior e de 20,9% na comparação anual.
A receita de vendas da Petrobras somou R$ 129,6 bilhões no terceiro trimestre, apresentando um crescimento de 6,0% em relação ao segundo trimestre de 2024 e uma leve alta de 3,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2023. No entanto, quando analisado o acumulado do ano, a receita registrou uma leve queda de 2,2%, totalizando R$ 369,6 bilhões no período de janeiro a setembro.
O lucro bruto da companhia foi de R$ 66,6 bilhões, refletindo um crescimento de 9,1% em relação ao trimestre anterior, mas uma estabilidade na comparação anual (alta de apenas 0,4%). Já as despesas operacionais apresentaram uma queda significativa de 24,6% em relação ao segundo trimestre, totalizando R$ 19,9 bilhões, mas um aumento de 13,8% quando comparado com o terceiro trimestre de 2023.

Ebitda da Petrobras (PETR4) cresce 28%
O EBITDA ajustado da Petrobras no 3TRI24 foi de R$ 63,7 bilhões, um crescimento de 28% frente ao trimestre anterior, mas uma queda de 3,8% na comparação com o mesmo período de 2023. O EBITDA ajustado recorrente também mostrou uma redução de 3,7% na comparação anual, somando R$ 64,4 bilhões.
Em relação ao fluxo de caixa, a PETR4 apresentou um aumento de 33,0% no fluxo de caixa operacional, que somou R$ 62,7 bilhões no trimestre. Já o fluxo de caixa livre foi de R$ 38,0 bilhões, um crescimento de 19,3% frente ao trimestre anterior, embora tenha registrado uma queda de 7,1% na comparação anual.
No campo da dívida, a empresa reportou uma redução de 4,1% na dívida líquida, que totalizou US$ 44,3 bilhões no final do trimestre. O índice de endividamento, medido pela relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, permaneceu estável em 0,95x.
A EQI Research avaliou o resultado da Petrobras como “decente em um contexto de preço de petróleo mais fraco”.
“Cremos que o foco do mercado continuará a ser a capacidade da empresa em distribuir dividendos vultosos, o que será desafiada à medida que resultados do quarto trimestre devem ser negativamente impactados pela contínua queda de preço do barril. Para além dos resultados em si, crescerão as expectativas sobre o novo plano estratégico a ser divulgado até o fim deste mês”, afirma a casa de análise.
O EBITDA ajustado recorrente de US$11,6 bi foi 4,5% acima do esperado, porém 15,2% menor na comparação ano contra ano (a/a) e 2,9% menor no tri a tri (t/t). A queda de performance operacional decorre principalmente da receita líquida mais fraca (-8,6% a/a e – 0,4% t/t) por conta da queda do preço do barril (-7,6% a/a e -5,6% t/t), parcialmente compensada pela melhoria de volumes de vendas. “Apesar dos desafios na linha de receita, destacamos a geração de fluxo de caixa livre de US$6,9 bi, queda de 18% a/a mas 11,5% mais alta na comparação t/t. A alavancagem financeira ao fim do 3T era de 0,95x (dívida líquida/EBITDA aj)”.
A Petrobras também anunciou dividendos/JCP no montante de R$17,1 bi (US$3,0 bi) referentes ao 3T24, com retorno de 3,5% (div yield). Serão efetivamente pagos em duas parcelas, em fevereiro e março de 2025, com base na posição acionária do dia 23 de dezembro.
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