A Petrobras (PETR4) deve vender cinco refinarias ainda este ano, para não ser penalizada, e se diz confiante acerca das eleições, e que indiferente do resultado, pretende manter seu planejamento.
Em relação às refinarias, a petroleira tem a obrigação de se desfazer destes cinco ativos – de oito refinarias, que estão incluídas no Termo de Compromisso de Cessação (TCC) assinado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Acontece que as refinarias que ficaram de fora, foram beneficiadas por reajuste de prazos para a venda.
Entretanto, caso não consiga efetuar as vendas em tempo hábil, a companhia ainda não está certa de quais seriam as penalidades impostas pelo órgão regulador.
Estas informações foram repassadas por executivos da petroleira ontem na Rio Oil & Gas.

A Petrobras (PETR4) e as eleições
A Petrobras se mostra confiante acerca das eleições e pretende manter seu planejamento seja qual for o resultado. Isso porque o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que está à frente nas pesquisas, já se posicionou contrário à venda dos ativos.
Levantamento do Valor Econômico mostra que até o momento, apenas a Refinaria de Mataripe, na Bahia, foi vendida, ao fundo Mubadala. Agora é operada pela Acelen.
Já as unidades Isaac Sabbá (Reman), no Amazonas, Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, estão alienadas, ou seja, alguns contratos foram assinados. Porém, falta a conclusão.
Conforme o jornalão, os ativos à venda correspondem a cerca de metade da capacidade de processamento da estatal, que optou por se desfazer principalmente das refinarias fora do eixo Rio-São Paulo.
Privatização
Também ontem na Rio Oil & Gas o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, afirmou que a companhia vai continuar com seu processo de abertura de mercado. Para ele, que participou de forma virtual do evento, a companhia não quer retrocessos.
Vale lembrar que ele assumiu o posto há apenas três meses e vem reduzindo os preços de todos os combustíveis, conforme determinação do governo às vésperas da eleição.
Diesel R5
Em um comunicado ao mercado, ontem, a petroleira anunciou que concluiu a comercialização do primeiro lote de Diesel R5 produzido para testes comerciais. A produção de 1,5 mil metros cúbicos foi realizada na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Curitiba.
O Diesel R5 é obtido a partir do coprocessamento de diesel fóssil e materiais orgânicos (neste caso foi usado óleo de soja refinado fornecido pela Bunge), que resulta em um produto com 5% de material renovável, também chamado de diesel verde.
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