A Petrobras (PETR4) irá pedir que o Ibama reconsidere a operação na Foz do Amazonas, visto que o órgão ambiental não concedeu licença para a companhia explorar na localidade.
A informação foi dada pela própria petroleira em resposta a um ofício do Ministério de Minas e Energia (MME), que solicitou à estatal tentar novamente apresentar os documentos requeridos pelo Instituto do Meio Ambiente, como estudos de impacto.
Isso porque tanto a petroleira quanto o governo consideram a Foz do Amazonas, no Amapá, como o novo marco exploratório de petróleo e gás no país.
Do lado do Poder Executivo, o foco está na geração de emprego e renda, visto que uma operação dessa magnitude envolve centenas de técnicos e empregados operacionais.

Petrobras (PETR4): Foz do Amazonas
Ao MME, a petroleira destacou que no que se tange ao indeferimento do processo de licenciamento ambiental do Bloco FZA-M59 em Amapá Águas Profundas, a Petrobras entende que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento, e todos os recursos mobilizados no Amapá e no Pará para a realização da Avaliação Pré Operacional (simulado para testar os planos de resposta à emergência) foram viabilizados estritamente em atendimento a decisões e aprovações daquele órgão.
Também disse que diante desse contexto, exercerá seu direito de apresentar Pedido de Reconsideração perante a Presidência do Ibama, com o objetivo de demonstrar o atendimento de todas as exigências reiteradamente apresentadas pelo órgão licenciador federal no curso do processo de licenciamento, oportunizando ao órgão revisar administrativamente o Despacho nº15786950/2023-Gabin, a fim de permitir a continuidade do processo de licenciamento ambiental em questão.
“A Petrobras pretende apresentar o Pedido de Reconsideração antecipadamente ao vencimento do prazo legal, até o dia 24 de maio de 2023 e, com relação à possibilidade de manutenção por tempo adicional da sonda e dos recursos destinados à realização do poço em sua locação atual, a avaliação técnica da companhia conclui que é possível manter a sonda e seus recursos mobilizados até 29 de maio de 2023, sem que a estatal incorra em custos adicionais àqueles que já vem sendo suportados em razão da inconclusividade do processo de licenciamento ambiental”, destacou.
E disse mais: “a partir dessa data, sem uma manifestação conclusiva do Ibama que permita a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO) no âmbito do processo de licenciamento ambiental, a Petrobras incorrerá em custos adicionais injustificados, que demandarão o direcionamento da sonda e demais recursos mobilizados na região do Bloco FZA-M- 59, para atividades da Companhia nas Bacias da região Sudeste.”
Custo dos equipamentos
Conforme noticiado pelo EuQueroInvestir, mais cedo, não bastasse as implicações de ordem operacional, visto que a estatal considera a localidade o novo marco exploratório, há questões financeiras pressionando as margens da empresa.
Isso porque manter os equipamentos exploratórios na localidade, mesmo parados, custa à companhia cerca de R$ 3 milhões por dia. Parte é relacionado a aluguel de sonda.
Bolsa
A ação PETR4 encerrou o dia 19 de maio de 2023 cotada em R$ 25,92.
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