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Petrobras (PETR3; PETR4): BTG Pactual (BPAC11) mantém recomendação neutra

Petrobras (PETR3; PETR4): BTG Pactual (BPAC11) mantém recomendação neutra

O banco BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta sexta-feira (4) um novo relatório com recomendação neutra para as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2022 e da informação de que a companhia distribuirá cerca de R$ 44 bilhões em dividendos a seus acionistas.

Os resultados não mexeram com as cotações da empresa, que seguem em baixa nesta semana. As ações preferenciais PETR4, recebedoras de dividendos, acumulam baia superior a 10% na semana, cotadas nesta sexta-feira no patamar de R$ 28. O preço-alvo dos paéis foi estabelecido em R$ 35,70, ou seja, um potencial de valorização perto de 25% em relação ao preço atual.

Cotações PETR4 desde o início da semana - Fonte: Google
Cotações PETR4 desde o início da semana – Fonte: Google

Segundo o banco, os números da Petrobras no trimeste foram “de boa qualidade”, embora abaixo do esperado. “O Ebidta ajustado foi de R$ 92 bilhões (US$ 18 bilhões), ou 3,5% abaixo do estimado, desacelerando t/t devido à queda dos preços do petróleo. O número mais fraco foi causado principalmente por R$ 8 bilhões (US$ 1,6 bilhão) em perdas de estoque no segmento de R&D”, continua o texto.

Excluindo isso, os números consolidados ficariam acima das expectativas, dizem os analistas.  No segmento de E&P, o Ebitda foi em linha com o estimado, totalizando R$ 73 bilhões, já que os melhores preços de petróleo realizados (US$ 99/bbl vs. BTGe US$ 94/bbl) compensaram maiores custos de extração (US$ 7,5/bbl vs. BTGe US$ 7/bbl).

Por fim, o lucro líquido ficou 7% abaixo da estimativa em R$ 46 bilhões (US$ 9 bilhões) devido aos impactos mencionados acima e maiores D&A, enquanto a alavancagem aumentou 0,2x t/t para 0,8x Div. Liquida/EBITDA devido aos pagamentos maciços de dividendos durante o trimestre.

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Dados do alnço da Patrobras (PETR3; PETR4) do relatório BTG.

Outro dividendo forte; distribuição extraordinária deve se tornar menos frequente

Os pagamentos de dividendos foram os grandes destaques da Petrobras nos últimos trimestres, e as coisas não foram diferentes desta vez. A empresa anunciou R$ 44 bilhões (US$ 8,5 bilhões) em dividendos, ou um yield de 11%, valor que despertou atenção no Congresso Nacional e junto à Anapetro, que querem sustar o pagamento.

A gestão da empresa vem ressaltando que a decisão de antecipar dividendos decorre da visibilidade de respeitar o payout mínimo de 60%* (FCF – capex) nos próximos trimestres. “Com base nos próprios números da Petrobras, nossa percepção é que o anúncio superou sua política de distribuição em um valor não muito acima (“apenas” US$ 2 bilhões), e nossa aposta é que haverá menos espaço para dividendos antecipados no futuro”, alertam os analistas.

“Com a posição de caixa da Petrobras próxima dos níveis mínimo/ótimo e menos (relevantes) desinvestimentos a serem concluídos, esperamos que o pagamento convirja para níveis orgânicos no quarto trimestre (~US$ 7 bilhões)”, prossegue o relatório do BTG.

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Dados do alnço da Patrobras (PETR3; PETR4) do relatório BTG.

Mais sobre o passado do que sobre o futuro?

O banco alega que a decisão de manter a recomendação neutra em vez da compra, mesmo com os bons números, diz respeito às perspectivas incertas sobre o futuro da empresa após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Os resultados financeiros da Petrobras são notáveis há algum tempo, sustentados por condições macro (muito) favoráveis, mas também mostrando uma empresa enxuta, bem gerenciada e focada. Tememos, no entanto, que os investidores permaneçam no ‘modo de esperar para ver. O resultado da eleição provavelmente aumentou a percepção de risco em relação à alocação de capital da empresa, e sua disposição de distribuir dividendos poderá em breve diminuir significativamente”, explicam os analistas.

“Não esperamos que o ruído político desapareça no curto prazo. Na verdade, achamos que pode durar até que o novo governo assuma. Existem aspectos positivos no caso da Petrobras que podem dar suporte a um tom mais otimista, mas também existem catalisadores para uma visão ainda mais negativa. Até que possamos avaliar melhor sua estratégia futura, permaneceremos neutros.”

Análise do BTG Pactual

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