Com a notícia de que o presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Jean Paul Prates, foi demitido do cargo, os papéis da estatal recuaram na quarta-feira (15), repercutindo o fato. A petroleira perdeu, na sessão, em valor de mercado, o equivalente ao tamanho da Equatorial (EQTL3), cerca de R$ 35,3 bilhões.
Os dados foram levantados pelo consultor Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. Segundo o especialista, até as 12h do pregão de 15 de maio, a Petrobras viu seu valor de mercado cair para R$ 507 bilhões.
As ações ordinárias da empresa registraram uma queda de 6,78%, a R$ 40,02. Enquanto isso, as ações preferenciais encerraram com uma baixa de 6,04%, alcançando R$ 38,40. Durante a manhã, a Petrobras chegou a registrar um declínio de 8%, resultando em uma perda de quase R$ 50 bilhões em valor de mercado.
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No ano, as ações atingiram um pico em 19 de fevereiro, a R$ 566,9 bilhões. O menor patamar para os papéis da estatal foi atingido em 11 de março, com R$ 465,9 bilhões, depois do anúncio do bloqueio dos dividendos extraordinários.
Além disso, em 3 de maio houve uma queda acentuada no valor de mercado da Petrobras. Na ocasião, as ações se tornaram ex-dividendos, resultando em um valor de mercado de R$ 530,7 bilhões, segundo Rivero.
Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é demitido
Jean Paul Prates foi demitido do cargo de CEO da Petrobras na terça-feira (14), um dia após a divulgação dos resultados trimestrais da petroleira do primeiro trimestre do ano. A ex-diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustívei (ANP), Magda Chambriard, será a sucessora de Prates na estatal.
Prates teve uma gestão marcada por desencontros de informação e principalmente por embates políticos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A petroleira divulgou nota dizendo que recebeu “solicitação de que o Conselho de Administração da Companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como Presidente da Petrobras de forma negociada”.
