As ações da Petrobras aprofundaram as perdas na reta final do pregão desta segunda-feira (7), em meio a relatos de que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria procurado a diretoria da estatal para defender uma nova redução nos preços dos combustíveis, especialmente o diesel.
A notícia, divulgada pela CNN Brasil, aumentou a percepção de interferência política na companhia e provocou reação negativa do mercado. Por volta do encerramento das negociações, os papéis ordinários PETR3 recuaram mais de 5%, cotados a R$ 35,63, enquanto os preferenciais PETR4 caíram 3,%, negociados a R$ 33,18.
De acordo com a reportagem, Silveira levou à empresa argumentos técnicos que, segundo ele, sustentam a viabilidade de um novo corte nos preços. Entre os principais fatores citados estão a recente queda nas cotações internacionais do petróleo e o aumento da oferta global da commodity.
Petrobras: último ajuste teria sido considerado insuficiente
Embora reconheça os limites legais da atuação do governo na política de preços da Petrobras, o ministro estaria apostando no diálogo com a cúpula da empresa para tentar influenciar futuras decisões. “Ele sabe que o governo não pode interferir nas decisões da empresa, mas está tentando sensibilizar o comando da petroleira por meio do diálogo”, afirmou uma fonte ligada à pasta, conforme a publicação.
A equipe técnica do Ministério de Minas e Energia também vê margem para um novo reajuste, principalmente no diesel. Na avaliação do governo, a redução de R$ 0,17 por litro anunciada na semana passada não é suficiente para impactar de forma significativa a inflação e o custo dos alimentos — uma das principais preocupações da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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