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Óleo e gás: BTG avalia que resultados do 4TRI24 podem ficar pressionados 

Óleo e gás: BTG avalia que resultados do 4TRI24 podem ficar pressionados 

O setor de óleo e gás enfrenta um cenário desafiador com preços mais baixos do petróleo e desempenho operacional abaixo do esperado, impactando as perspectivas para as empresas PRIO (PRIO3), Brava (BRAV3) e Petrorecôncavo (RECV3) para os resultados do quarto trimestre do ano (4TRI34), de acordo com relatório divulgado pelo BTG (BPAC11). A expectativa para os resultados do quarto trimestre de 2024 é de números pouco inspiradores, refletindo dificuldades operacionais e quedas na produção. 

Embora o cenário macroeconômico siga pressionado, analistas mantêm uma visão otimista para 2025, especialmente para empresas privadas do setor. Fatores como a baixa correlação com a atividade econômica doméstica e a exposição ao dólar sustentam essa tese.

Além disso, apesar da queda de 6% nos preços do petróleo no último trimestre, o risco de novas desvalorizações significativas é considerado limitado, segundo o relatório do banco de investimentos.

Óleo e gás: Prio tem crescimento no longo prazo, mas desafios no curto prazo 

A PRIO divulgará seus resultados nesta quinta-feira (13), com projeções de receita de US$ 485 milhões, EBITDA de US$ 312 milhões e lucro líquido de US$ 108 milhões. O destaque positivo é a adição do campo Peregrino, que impulsionou a produção em 25% no trimestre, chegando a 88 mil barris por dia. No entanto, a produção ainda está 13% abaixo do nível do quarto trimestre de 2023. 

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A falta de licenças ambientais para o campo Wahoo e restrições de manutenção em Frade devem manter os custos de extração elevados no curto prazo, dificultando uma reavaliação mais rápida da empresa. Ainda assim, a PRIO se destaca pela sua geração de caixa robusta, com US$ 173 milhões no período, reforçando a qualidade do seu portfólio. 

Brava: transição operacional afeta resultados 

A Brava divulgará seu balanço no dia 20 de março e deve apresentar receita líquida de R$ 2,1 bilhões, EBITDA de R$ 471 milhões e um prejuízo líquido de R$ 872 milhões, impactado principalmente por efeitos cambiais não caixa. A produção do trimestre foi afetada pela troca de plataforma em Atlanta e por paradas operacionais em Papa Terra, aguardando autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

Segundo o BTG, os resultados fracos já são esperados pelo mercado, e a atenção dos investidores está voltada para a estabilização das operações e a performance dos novos poços em Atlanta, cujos dados recentes indicam sinais de recuperação. 

Petrorecôncavo: estabilidade, mas crescimento abaixo do esperado 

Para Petroreôncavo, que divulga seu balanço no dia 19 de março, deve apresentar receita de R$ 848 milhões, EBITDA ajustado de R$ 440 milhões e prejuízo líquido de R$ 28 milhões. A produção manteve-se estável em 26 mil barris de óleo equivalente por dia, mas a menor produtividade das perfurações recentes e gargalos operacionais impediram um crescimento mais expressivo. 

A empresa busca recuperar tração no primeiro semestre de 2025, com projeção de crescimento de dois dígitos na produção. Caso esse cenário se concretize, investidores podem reagir positivamente. Apesar dos desafios, a RECV mantém um balanço sólido e um yield de geração de caixa de 18% para 2025, fatores que sustentam recomendações de compra. 

No geral, o setor de petróleo e gás enfrenta um momento de transição, e a recuperação dependerá da capacidade das empresas de superar desafios operacionais e destravar crescimento ao longo do ano.

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