A Oi (OIBR3) é uma empresa de telefonia e comunicação que está em sua segunda recuperação judicial e apresentou o plano apresentado à Justiça prevê a diluição de 80% para os acionistas atuais.
Isso porque a companhia pretende reduzir a dívida financeira em 50% por meio da conversão dos créditos em ações, em uma operação de aumento de capital.
De acordo com o CEO Rodrigo Abreu, os atuais sócios também poderão participar do aumento de capital que será feito a um preço acima do negociado no mercado, que está R$ 2,48 por ação.
Ele disse que a diluição se faz necessária para tornar a Oi uma empresa com capital sustentável, com alavancagem menor e uma dívida compatível com a geração de caixa no médio prazo. Hoje, a dívida financeira da companhia soma cerca de R$ 30 bilhões.

Oi (OIBR3): Recuperação Judicial
O executivo informou, ainda, que a tele iniciou as tratativas desse novo plano com os credores financeiros em outubro do ano passado.
Na ocasião, a empresa havia anunciado a contratação da consultoria da Moelis, e espera assinar em junho o acordo para suporte do plano de restruturação da dívida com a maioria deles, representados por detentores dos bonds da Oi e agências de crédito (ECAs).
O documento aponta que a tele tem uma dívida total de R$ 43,7 bilhões, e o plano de recuperação projeta a captação de até 4 bilhões ou US$ 750 milhões, o que for maior, por meio de um financiamento na modalidade DIP (debtor-in-possession), dívida extraconcursal em que os credores têm preferência no recebimento do pagamento.
Valuations
Levantamento do Valor Econômico, porém, indica que o valuation que a Oi usou como referência para a V.tal e a UPI da ClientCo podem estar superestimados.
Ao considerar uma estimativa da Ernst & Young de que a Oi deve receber R$ 14,4 bilhões pela venda de 14,6% de participação na V.tal e R$ 4,8 bilhões por 40% da ClientCo, os dois negócios seriam avaliados no total em R$ 100 bilhões e R$ 12 bilhões, respectivamente. São valores que os analistas do BTG Pactual entendem como exagerados.
Emissão de título de dívida
O periódico destaca, ainda, que a Oi realizará a emissão de título de dívida no valor de R$ 10,75 bilhões para pagamento de forma pro rata do saldo remanescente dos créditos de titularidade de credores quirografários, sem garantia, que concordarem em participar do novo financiamento. O valor do principal dos novos títulos será amortizado em uma parcela única após prazo de 4,5 anos e os credores terão prioridade no pagamento em relação àqueles que não participarem do DIP.
Também traz que os credores que não participarem do novo financiamento serão pagos por meio de um título com remuneração anual equivalente a 80% do CDI, emitido com valor de face equivalente a 30% do valor da dívida a receber, implicando deságio de 70% do valor atual da dívida. O valor do principal será amortizado em uma parcela única, após 10 anos da data de emissão.
Bolsa
A ação OIBR3 encerrou o dia 23 de maio de 2023 cotada em R$ 1,07.
- SAIBA MAIS SOBRE A OI (OIBR3) E INVISTA COM ASSERTIVIDADE





