O Nubank superou a Petrobras em valor de mercado e assumiu a liderança entre as companhias brasileiras mais valiosas. A fintech atingiu uma avaliação de US$ 77,1 bilhões, ultrapassando a estatal em pouco mais de US$ 3 bilhões.
Com esse resultado, o banco digital se consolida como a empresa mais valiosa do país e a segunda da América Latina, atrás apenas do Mercado Livre, que vale US$ 115,7 bilhões.
Na Nasdaq, as ações do Nubank encerraram o pregão de ontem em leve queda de 0,44%, cotadas a US$ 15,93. Mesmo assim, o papel acumula valorização de 53,8% no ano. Enquanto isso, na B3, os papéis da Petrobras tiveram desempenho misto: as ações preferenciais (PN) subiram 0,03%, a R$ 30,01, e as ordinárias (ON) recuaram 0,22%, para R$ 31,90.
Além da estatal, o Nubank também deixou para trás outras gigantes nacionais, como o Itaú Unibanco (avaliado em US$ 73,1 bilhões), a Vale (US$ 52,5 bilhões) e o BTG Pactual (US$ 34,24 bilhões).
Nubank supera Petrobras e amplia liderança no setor financeiro
De acordo com ranking do Banco Central, o Nubank possui 109,3 milhões de clientes, entre pessoas físicas e jurídicas, ficando atrás apenas do Bradesco (110,4 milhões) e da Caixa Econômica Federal (157,4 milhões). A empresa divulgará seus resultados do terceiro trimestre em 13 de novembro.
Os analistas de mercado projetam lucro líquido de US$ 723 milhões (aproximadamente R$ 3,9 bilhões) no período. O Citi prevê resultado ainda maior, de US$ 759 milhões, com um ROE de 30,5%, indicador que mede a rentabilidade sobre o patrimônio.
Já o J.P. Morgan avalia que o Nubank poderia alcançar um valuation de até US$ 140 bilhões caso fosse negociado com os mesmos múltiplos de fintechs americanas como Chime, SoFi e Affirm.
Expansão internacional e perspectivas
Em processo de internacionalização, o Nubank já soma 13 milhões de clientes no México e busca atingir o ponto de equilíbrio (“breakeven”) no país. A fintech também deu um novo passo rumo ao mercado norte-americano ao solicitar autorização ao Office of the Comptroller of the Currency (OCC) para operar como banco nacional nos Estados Unidos.
Entre os principais tópicos esperados na próxima teleconferência de resultados estão a expansão internacional, a qualidade dos ativos até 2026 e os planos para o mercado norte-americano.





