A Netflix (NFLX; $NFLX34) pretende abrir uma rede de lojas que ofereçam produtos, refeições e experiências ao vivo, e que aproveitem suas séries e filmes para a temática. As informações são da Bloomberg.
A empresa não anunciou o que venderá em seus pontos físicos, e também não está claro se serão DVDs ou artigos do tipo, envolvendo suas produções.
Recentemente, a Netflix colocou fim oficialmente ao aluguel de DVDs, com o envio do último envelope vermelho a seus assinantes, marcando o fim de 25 anos de serviço. Introduzido em 1998, o serviço transformou a experiência de locação ao oferecer uma alternativa mais conveniente às idas às locadoras físicas.
A empresa de streaming planeja abrir as duas primeiras “Casa Netflix” nos Estados Unidos em 2025, a fim de expandir, posteriormente, o conceito para as principais cidades ao redor do mundo.
“Vimos o quanto os fãs adoram mergulhar no mundo dos nossos filmes e programas de TV, e temos pensado muito sobre como levaremos isso ao próximo nível”, disse Josh Simon, vice-presidente da área de consumo da Netflix, à Bloomberg.
Netflix quer competir com a Disney?
A Disney (DIS; $DISB34), que é grande concorrente da Netflix, está nos espaços de varejo, restaurantes e entretenimento há décadas. Contudo, esses fatores ainda não fazem parte da marca Netflix.
No início deste ano, a empresa de streaming abriu um restaurante temporário em Los Angeles, o Netflix Bites, com um cardápio criado por chefs associados aos programas de culinária de seu catálogo. A empresa também lançou “pop-up stores”, lojas menores e específicas, com itens da série de sucesso “Stranger Things”, em cidades como Paris, Las Vegas e Chicago.
Outra inovação neste ano foi “The Queen’s Ball: Uma Experiência Bridgerton”, uma produção itinerante que recriou cenários da série “Bridgerton” com atores, música ao vivo e dança.
Apesar de não ser nada de novo ter marcas do universo digital no mundo físico, analistas parecem não estar muito otimistas com as ideias da Netflix.
“Parece que a Netflix quer fazer o que a Disney faz”, disse Eric Deggans, crítico da rede National Public Radio. “Contudo, a Disney faz isso há muito tempo. E a quantidade de dinheiro que a Netflix teria de gastar para sequer competir com eles não faz sentido para mim.”