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Minerva (BEEF3) compra plantas da Marfrig (MRFG3) em negócio de R$ 7,5 bi

Minerva (BEEF3) compra plantas da Marfrig (MRFG3) em negócio de R$ 7,5 bi

Várias unidades na América do Sul vão mudar de mãos, de acordo com negociação divulgada pelas duas companhias nesta segunda-feira.

A Minerva (BEEF3) comprou parte das operações da Marfrig (MRFG3) na América do Sul pelo valor de R$ 7,5 bilhões, dos quais 20% (R$ 1,5 bilhão) já foram pagos como parcela inicial. O negócio entre Minerva e Marfrig foi anunciado pelas duas companhias por meio de fatos relevantes publicados nesta segunda-feira (28) após o fechamento do mercado.

A aquisição foi feita pela Athn Foods Holdings, controlada da Minerva, e prevê a transferência dos seguintes ativos:

  • no Brasil, unidades de abate de bovinos em Alegrete (RS), Bagé (RS), Bataguassu (MS), Chupinguaia (RO), Mineiros (GO), Pontes e Lacerda (MT), São Gabriel (RS) e Tangará da Serra (MT), além de três unidades inativas.
  • na Argentina, a unidade de abate de bovinos de Villa Mercedes;
  • no Chile, a unidade de abate de ovinos Patagonia;
  • no Uruguai, as unidades de abate de bovinos Colônia, Salto e San José.

A concretização do negócio depende de uma série de condições acordadas entre as duas empresas. A Minerva informou que conta com o “compromisso de financiamento firme por parte do banco JP Morgan quanto ao montante relativo às parcelas remanescentes”.

A empresa compradora disse que os preços de compra configuram investimento relevante, o que significa que as operações serão submetidas à ratificação dos seus acionistas em assembleia , e que os acionistas VDQ Holdings S.A. e SALIC International Investment Company, partes de acordo de acionistas, já se comprometeram com a aprovação do negócio.

Depois da conclusão das negociações, a empresa passará a ter uma capacidade total de abate de bovinos de 42.439 cabeças/dia, já incluídas operações já existentes no Brasil, Paraguai e Colômbia, além de 25.716 cabeças de ovinos/dia.

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“Com as aquisições, a Minerva Foods reforça a sua liderança como a maior exportadora de carne bovina da América do Sul. A Companhia nota que as aquisições constituem oportunidades estratégicas na complementação das operações da Minerva Foods, em mais uma iniciativa alinhada com a nossa estratégia de diversificação geográfica, na medida em que contemplam ativos complementares às operações industriais e de distribuição da Companhia no Brasil, no Uruguai, na Argentina e no Chile”, disse a Minerva em seu fato relevante.

A Marfrig, por sua vez, explicou que manterá participações de controle na BRF (BRFS3), na National Beef e na Plant Plus, nos Estados Unidos, além de se manter presente nos segmentos de bovinos e processados, no Brasil, e com a fábrica de industrializados Pampeano, apontada como a maior exportadora brasileira de enlatados para Europa.

A empresa também preservou a propriedade de complexos industriais de abate e processamento de produtos com marca e valor agregado de Várzea Grande (MT) e Promissão (SP), assim como a fábrica de hambúrgueres de Bataguassu (MS).

Na Argentina, a Marfrig segue com o seu complexo industrial de San Jorge e as unidades de Campo del Tesoro, Baradero e Arroyo Seco. No Uruguai, manterá o complexo industrial de Tacuarembó, e no Xhil, as unidades armazenagem, distribuição e trading.

“Seguiremos dedicados e focados em produtos de valor agregado, com processos de produção de alta performance, sem abrir mão de nossa disciplina financeira, diversidade geográfica, foco no cliente e retorno aos nossos acionistas”, informou a empresa.

As partes do negócio entre Minerva e Marfrig registraram resultados distintos no segundo trimestre de 2023, ainda que em cenários similares de queda: a Minerva (BEEF3) teve lucro líquido de R$ 120,7 milhões, queda de 71,6% em relação ao mesmo período no ano anterior. Já a Marfrig (MRFG3) reportou prejuízo líquido de R$ 784 milhões, ante lucro de R$ 4,2 bilhões no 2TRI22.