A Meta (META; $M1TA34) reportou lucro líquido de US$ 16,64 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1TRI25), um salto de 35% em relação aos US$ 12,37 bilhões obtidos no mesmo período do ano anterior. O resultado veio acompanhado de um lucro por ação de US$ 6,43, acima das estimativas de analistas consultados pela LSEG, que projetavam US$ 5,28. A receita também superou as expectativas, atingindo US$ 42,31 bilhões, frente à previsão de US$ 41,40 bilhões.
Os dados impulsionaram as ações da empresa, que subiram até 5% no pregão estendido desta quarta-feira (30). As vendas da Meta cresceram 16% na comparação anual, com a receita de publicidade representando a maior parte do faturamento, totalizando US$ 41,39 bilhões — também acima dos US$ 40,44 bilhões estimados.
Para o segundo trimestre, a companhia projeta receita entre US$ 42,5 bilhões e US$ 45,5 bilhões, faixa em linha com a expectativa do mercado, que apontava para US$ 44,03 bilhões. A CFO Susan Li alertou, no entanto, para uma desaceleração nos gastos com publicidade por parte de exportadores de e-commerce da Ásia, o que pode impactar o desempenho da companhia nos próximos meses.
Meta revisa estimativas para baixo
Em meio ao bom desempenho operacional, a Meta anunciou a revisão para baixo de suas estimativas de despesas totais para 2025, agora projetadas entre US$ 113 bilhões e US$ 118 bilhões — ante a faixa anterior de US$ 114 bilhões a US$ 119 bilhões. Por outro lado, os investimentos em capital foram elevados, passando de uma previsão entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões para um intervalo de US$ 64 bilhões a US$ 72 bilhões.
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Segundo a empresa, esse aumento reflete investimentos adicionais em data centers voltados à expansão das capacidades de inteligência artificial, além de custos mais altos com hardware de infraestrutura. “Há muita incerteza em torno disso, dadas as discussões comerciais em andamento”, afirmou Li, destacando que a Meta está “otimizando sua cadeia de suprimentos” para mitigar impactos.
A companhia também apontou riscos regulatórios significativos. Uma decisão da Comissão Europeia que contesta a conformidade do serviço de assinatura sem anúncios pode afetar negativamente a experiência do usuário e a receita na região já no terceiro trimestre. A Meta informou que continua em diálogo com as autoridades europeias.
Já a divisão de hardware Reality Labs, que inclui dispositivos de realidade virtual e aumentada, registrou prejuízo operacional de US$ 4,2 bilhões no trimestre — levemente melhor do que os US$ 4,6 bilhões previstos. As vendas da unidade, contudo, somaram apenas US$ 412 milhões, queda de 6% em relação ao ano anterior e abaixo das expectativas de US$ 492,7 milhões.
O número de usuários ativos diários das plataformas da Meta chegou a 3,43 bilhões no trimestre, superando as estimativas de 3,39 bilhões e acima dos 3,35 bilhões do trimestre anterior.