A Meta (META; $M1TA34) divulgou nesta segunda-feira (30) a criação do Meta Superintelligence Labs (MSL), uma nova unidade dedicada ao desenvolvimento de inteligência artificial avançada – também chamada de superinteligência artificial. A iniciativa, liderada pelo CEO Mark Zuckerberg, vai concentrar os principais esforços da empresa em IA, unificando equipes que atuam em modelos fundacionais, produtos e pesquisas fundamentais, como o projeto de código aberto Llama e o grupo FAIR (Fundamental AI Research).
Para isso, a companhia recrutou vários ex-líderes de outras empresas voltadas para IA. O laboratório será comandado por Alexandr Wang, ex-CEO da Scale AI, que agora assume o cargo de diretor de IA da Meta. Ao lado dele estará Nat Friedman, ex-CEO do GitHub e investidor em empresas de tecnologia, que liderará os trabalhos em produtos e pesquisa aplicada. Ambos foram contratados recentemente e estarão à frente de uma equipe que reúne alguns dos nomes mais destacados da indústria de inteligência artificial.
A Meta também incorporou ao novo laboratório diversos talentos com experiência em empresas como OpenAI, Google DeepMind, Anthropic e Waymo. Entre os novos integrantes da equipe estão Trapit Bansal, cocriador de modelos da série O na OpenAI; Shuchao Bi, responsável pelo modo de voz do GPT-4o; Huiwen Chang, inventor das arquiteturas MaskGIT e Muse; Ji Lin, que participou do desenvolvimento de versões como GPT-4.1 e 4.5; Jack Rae, criador do Gemini 2.5; Hongyu Ren, cocriador do GPT-4o e vários modelos mini; Pei Sun, responsável por modelos de percepção na Waymo; Jiahui Yu, ex-líder da equipe de percepção na OpenAI; Shengjia Zhao, cocriador do ChatGPT e outros modelos da OpenAI; Johan Schalkwyk, ex-Google Fellow; e Joel Pobar, que retorna à Meta após passagem pela Anthropic.
Superinteligência artificial: Meta ofereceu bônus milionário, diz Altman
A CNBC revelou que a Meta tentou comprar a startup Safe Superintelligence, fundada por Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, mas teve a proposta recusada. Ainda segundo a CNBC, Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que a Meta está oferecendo bônus de contratação de até 100 milhões de dólares para atrair pesquisadores da concorrência.
O chefe de tecnologia da Meta, Andrew Bosworth, comentou em entrevista recente que o mercado está determinando um novo patamar de remuneração para talentos em IA, o que considera inédito em seus 20 anos de carreira no setor de tecnologia.
Leia também:
No comunicado interno divulgado aos funcionários, Zuckerberg afirmou que a Meta está em uma posição única para liderar o desenvolvimento de superinteligência pessoal. Ele destacou a capacidade computacional da empresa, sua experiência no lançamento de produtos de grande escala, a liderança no setor de dispositivos com IA — como os óculos inteligentes — e a estrutura corporativa que permite avanços mais ousados e rápidos.
O CEO também afirmou estar entusiasmado com os avanços no modelo Llama, que já está presente em produtos usados por mais de um bilhão de pessoas nos aplicativos da Meta. A expectativa é que as próximas versões, Llama 4.1 e 4.2, estejam no centro dos esforços da empresa. Além disso, um novo laboratório, ainda em formação, será dedicado à próxima geração de modelos, com o objetivo de alcançar a fronteira da superinteligência já no próximo ano.
Zuckerberg finalizou sua mensagem dizendo que o momento marca o início de uma nova era para a humanidade e que a Meta está comprometida em torná-la acessível a todos por meio de uma superinteligência pessoal. Ele afirmou que novas contratações de peso estão por vir nas próximas semanas.