A Marfrig (MRFG3) informou que seus acionistas controladores aumentaram sua participação acionária na empresa. De acordo com o documento, o grupo de controle, formado por MMS Participações Ltda., do CEO, Marcos Antônio Molina dos Santos e sua esposa, Marcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos, passou a deter, em conjunto, 646.294.180 ações ordinárias.
Esse montante representa 75,33% do total de ações emitidas pela companhia, consolidando ainda mais o controle do grupo sobre a Marfrig. A informação foi divulgada em conformidade com o artigo 12 da Resolução CVM nº 44, de 23 de agosto de 2021, que exige a comunicação ao mercado sempre que houver alteração relevante na participação acionária de investidores.
A compra de ações da Marfrig pelo grupo controlador é uma tática comum para tentar manter os papéis da companhia em patamar mais elevado.
Marfrig (MRFG3): fusão com BRF (BRFS3)
O movimento se dá em meio ao processo de fusão com a BRF, que enfrenta dificuldades. No fim de junho, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) havia determinado a suspensão da assembleia geral extraordinária da BRF, que estava marcada para o dia 18, e teria como pauta a proposta de fusão. A decisão foi tomada pelo colegiado da autarquia após uma representação apresentada pela gestora Latache Capital, acionista minoritária da BRF.
A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Segundo a publicação, a Latache aponta diversas irregularidades no processo, como a suposta insuficiência de documentação, ilegalidades na formulação da ordem do dia e falta de independência dos membros de comitês tidos como independentes.
Na ocasião, a gestora também questionou a atuação dos controladores nas deliberações dos conselhos de administração tanto da BRF quanto da própria MRFG3, além de outras falhas procedimentais.