A Light ($LIGT3), concessionária de energia elétrica que atua na região metropolitana do Rio, solicitou à Justiça que sua subsidiária Light Energia S.A., responsável pela geração de energia, saia do processo de recuperação judicial no qual a empresa e a holding estão inseridos desde o primeiro semestre deste ano.
Em fato relevante, a holding informou que, “em razão das tratativas extrajudiciais realizadas com seus credores e demais stakeholders”, o Conselho de Administração da holding deliberou que a Light Energia protocolasse o pedido de remoção do processo que tramita na 3ª Vara Empresarial do Rio.
A empresa diz que a decisão está sujeita à “conclusão satisfatória das referidas negociações extrajudiciais com seus credores e demais stakeholders, a ser oportunamente informada ao Juízo” e que manterá acionistas em mercado atualizados sobre o tema.
No mês passado, notícias sobre a decisão da Light de deixar a recuperação judicial começaram a ser publicadas em meios de comunicação, e a empresa esclareceu, perante a CVM, que tinha a intenção de iniciar negociações diretas com os credores a fim de deixar o processo judicial.
A decisão, segundo analistas, tem a ver com o risco de perda da concessão para operar a distribuição de energia na região metropolitana do Rio, sua principal fonte de renda. O contrato vence em 2025, mas o processo deve começar ainda este ano e a empresa teme que a recuperação judicial possa prejudicar a empresa na tentativa de manter sua principal fonte de arrecadação.
As dívidas da Light (LIGT3) estão estimadas em R$ 11 bilhões, de acordo com dados divulgados no início do processo de recuperação judicial. A empresa, que está em “stay period”, ou seja, livre momentaneamente do risco de execuções, reportou um lucro líquido de R$ 235,5 milhões no acumulado do ano até agora.