A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o edital do segundo leilão de transmissão deste ano, com projetos que deverão exigir ao todo R$ 3,35 bilhões em investimentos.
Marcado para 27 de setembro, o certame oferecerá três lotes, prevendo a construção de 784 quilômetros de linhas e novas subestações com 1.000 megavolt-ampères (MVA) em capacidade de transformação.
As instalações estarão distribuídas em seis Estados (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo) e deverão gerar cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos, estimou a Aneel.
As obras devem ser concluídas em 42 a 60 meses, e a Receita Anual Permitida Máxima (RAP) esperada é de R$ 553 milhões. A previsão é que o projeto gere 7.060 empregos diretos e indiretos.
Leilão da Aneel menos competitivo
Para a EQI Research, este leilão deve ser um pouco menos competitivo devido aos leilões anteriores, nos quais empresas do setor arremataram lotes significativos e se comprometeram com grandes volumes de investimento.
“Acreditamos que empresas como Engie (EGIE3) e CPFL (CPFE3) possam arrematar novos lotes. A Cemig também deve participar, com especial atenção ao lote 1, que abrange a região de Minas Gerais”, aponta a research.
Empresas tradicionais do setor, como Taesa (TAEE11) e ISA Cteep (TRPL4), provavelmente não terão uma atuação de destaque, devido à alta alavancagem da Taesa e ao grande comprometimento da Cteep com novos investimentos. No entanto, os lotes 3 e 4 (o lote 2 foi retirado), que atendem as regiões de Bauru e Jaú e são menores, possuem sinergia geográfica com as linhas da Cteep, o que pode despertar o interesse da companhia, avalia a casa de análise.
Após ser o destaque no último leilão, com a conquista de cinco lotes e investimentos previstos de 5,6 bilhões, a Eletrobras (ELET3; ELET6) também não deve ter uma atuação de destaque neste certame, aponta a EQI Research.
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