O fundador da Amazon (AMZN; AMZO34), Jeff Bezos, divulgou no início deste mês um plano para se desfazer de até 50 milhões de ações da empresa nos próximos 12 meses. Menos de duas semanas depois, o bilionário vendeu 24 milhões de papéis, em uma operação avaliada em mais de US$ 4 bilhões.
As vendas, reveladas em arquivos regulatórios, ocorreram ao longo de apenas quatro dias de negociação — Bezos não vendia ações da Amazon desde 2021.
No final do ano passado, Bezos anunciou que estava se mudando para Miami, no estado da Flórida, saindo da região de Seattle, e adotou um plano chamado “10(b)5-1″ em seguida.
A região em que o empresário vive agora não abrange o imposto de ganhos de capital de 7%, instituído por Washington em 2022. A mudança de Bezos, portanto, deve economizar cerca de US$ 288 milhões ao fundador da Amazon, até então.
Como Bezos só comprou uma única ação da Amazon em sua vida, é seguro presumir que ele segue com os papéis desde que a empresa foi fundada. Dessa forma, praticamente todo o seu valor seria considerado ganho de capital.
Ações da Amazon em alta
Em 2023, as “sete magníficas”, como têm sido chamadas as gigantes de tecnologia norte-americanas, tiveram excelentes performances, o que levou os índices S&P 500 e Nasdaq Composite a recordes. As empresas, incluindo a Amazon, lideraram os ganhos no mercado de ações dos Estados Unidos no ano.
Apenas em 2024, até esta quarta-feira (14), as ações da Amazon já subiram 13,08%. Até a segunda-feira, a alta era de 13%, último dia em que Jeff Bezos vendeu seus papéis.
Já na terça-feira (13), as ações caíram 2,2%, para US$ 168,64. Porta-vozes da big tech e do bilionário não comentaram a movimentação de Bezos.
