As ações da Apple (AAPL; $AAPL34) ficam no foco do mercado financeiro nesta terça-feira (12), com a expectativa do lançamento do iPhone 15 nos Estados Unidos. Os papéis da big tech fecharam a sessão de segunda-feira (11) em alta de 0,66%, negociados a US$ 179,36.
O lançamento do iPhone é o momento mais importante do ano para a Apple, que tem a oportunidade de impressionar os consumidores – e o mercado financeiro –, além de dar a largada na temporada de vendas de fim de ano. O iPhone é a maior fonte de receita da Apple, e gera cerca de metade de suas vendas.
A expectativa é que sejam lançados quatro modelos: as versões mais básicas, iPhone 15 Plus e iPhone 15, e duas mais premium, iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max. No Brasil, o lançamento deve ficar para outubro.
O evento, realizado anualmente pela Apple, está previsto para começar às 14h (horário de Brasília) e pode ser palco de lançamentos não apenas do iPhone 15, mas também de novas gerações de produtos como Apple Watch e AirPod.
A conferência da Apple pode ser acompanhada por meio do seu canal do YouTube e pelo seu serviço de streaming, o Apple TV.
Ações da Apple
No ano, os papéis da big tech, listados na bolsa de valores Nasdaq, acumulam alta de 43,41%. Nos últimos seis meses, a valorização é de 19,20%. Em relação ao mesmo período de 2022, as ações sobem 9,75% até esta terça-feira (12), por volta das 9h35.
A Apple não tem ações no Brasil, mas os investidores brasileiros têm acesso aos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), certificados lastreados em ações do exterior e negociados no Brasil.
No ano, os BDRs sobem 26,29%, enquanto em relação a setembro de 2022 a valorização é de 6,20%.
Vendas em declínio: iPhone 15 vai salvar?
A Apple vem tentando superar vários trimestres consecutivos de vendas fracas, em sua maior queda em duas décadas. Os novos recursos do iPhone 15 têm o papel de incentivar os consumidores a upgrade do modelo anualmente.
A gigante de tecnologia lida com uma desaceleração na demanda global por smartphones, sobretudo com uma propaganda negativa da China, que é seu maior mercado internacional.
A China proibiu o uso de iPhones no trabalho por funcionários de estatais e agências do governo chinês. Com a notícia, o valor de mercado da Apple caiu US$ 190 bilhões na bolsa de valores.
O país asiático representa atualmente 20% das vendas globais da norte-americana, e pode ter grande impacto sobre sua receita.
Apesar disso, a Apple tem resistido melhor à desaceleração do mercado de smartphones do que a maioria dos fabricantes. As remessas de seus telefones caíram 2% no último trimestre, segundo dados da International Data Corporation (IDC). Ainda assim, o desempenho foi melhor do que a queda de 15% da Samsung Electronics Co.