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Grupo GPA (PCAR3) inicia disputa arbitral contra Casino por cobranças de imposto de renda

Grupo GPA (PCAR3) inicia disputa arbitral contra Casino por cobranças de imposto de renda

O Grupo GPA (PCAR3) apresentou um requerimento de arbitragem contra seu acionista Casino Guichard-Perrachon na Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (CCI). A medida, segundo a empresa, visa proteger os direitos e garantias da companhia em relação a processos fiscais que envolvem a cobrança de diferenças de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) referentes aos anos-calendário de 2007 e 2013.

A disputa gira em torno de supostas deduções indevidas de amortizações de ágio registradas no período, que geraram autuações fiscais pela Receita Federal. A varejista já havia divulgado, em fato relevante de 14 de abril de 2025, a existência dessa controvérsia tributária, e agora formaliza a arbitragem como forma de assegurar eventuais compensações e responsabilidades junto ao grupo francês Casino, acionista da companhia.

A arbitragem internacional ocorre em meio a um contexto de reestruturação das relações entre GPA e Casino, que vem progressivamente reduzindo sua participação no capital da varejista brasileira. A iniciativa do GPA reforça seu compromisso com a governança e a defesa dos interesses dos acionistas, especialmente diante de potenciais passivos fiscais de grande monta.

Ações do Grupo Casino derretem nesta terça-feira

As ações do GPA operam em forte queda nesta terça-feira (6), recuando cerca de 30% e eliminando quase um terço do valor de mercado da companhia. O tombo ocorre em meio à reação negativa do mercado ao balanço do primeiro trimestre de 2025 e à notícia da destituição de membros do conselho de administração.

Embora o desempenho operacional da varejista tenha sido considerado positivo por analistas — com avanço na receita, crescimento do Ebitda ajustado e melhora nas margens —, os investidores reagiram mal à continuidade do prejuízo líquido e à geração negativa de caixa no período, fatores que ainda pesam sobre a sustentabilidade financeira da companhia.

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A pressão sobre os papéis foi intensificada por um comunicado divulgado pelo GPA nesta manhã, informando a redução da participação acionária do investidor Rafael Ferri. De acordo com correspondência enviada à companhia, Ferri passou a deter 2,37% das ações ordinárias, participação que sobe para 2,73% quando considerados derivativos com liquidação física.