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Gafisa (GFSA3) deve exercer direito de defesa em pedido de falência

Gafisa (GFSA3) deve exercer direito de defesa em pedido de falência

A Gafisa (GFSA3) deve exercer direito de defesa para em pedido de falência formulado por condomínio, informou a companhia em documento encaminhado ao mercado.

De acordo com a construtora, trata-se de um imbróglio envolvendo o Alpha Green Business Tower, e o processo, elencou, foi distribuído em 24 de abril e destaca que até a presente data não há manifestação judicial recebendo a petição ou admitindo o seu processamento.

A companhia tem sede na cidade de São Paulo e opera em diversos municípios do país, mas foi fundada em 1954 no Rio de Janeiro.

Vale lembrar que em abril o conselho de administração da empresa aprovou a homologação parcial do aumento de capital no valor de R$ 65.124.111,78 milhões, mediante a emissão de 9.276.939 milhões de ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, subscritas e totalmente integralizadas, pelo preço de emissão de R$ 7,02.

Quando anunciado em março, o aumento de capital estava previsto entre o mínimo de R$ 50 milhões e o máximo de R$ 200 milhões.

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Em relação ao aumento de capital, a companhia pretende atribuir 1 bônus de subscrição a cada 1 nova ação ordinária subscrita pelos acionistas subscritores como vantagem adicional.

Desta forma, o capital social da Gafisa passará de R$ 1.331.037.502,56 bilhão para R$ 1.337.161.614,34 bilhão, dividido em 60.416.860 milhões de ações ordinárias.

Por volta das 14h20 desta quinta-feira (4), a ação GFSA3 caía 1,18% na bolsa brasileira, cotada em R$ 5,08. O ativo reporta queda de 64,75% no período de um ano.

Gráfico mostra a ação GFSA3 na Bolsa.

Gafisa (GFSA3): disputas societárias

A companhia tem enfrentado uma série de disputas internas e, por conta disso, boa parte de seus acionistas negou a adoção de ações de responsabilidade por prejuízos na aquisição da Bait Inc. e na venda do hotel Fasano.

Eles estiveram reunidos no dia 28 de abril de 2023 em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), e a medida diz respeito à aquisição da Bait Inc., uma das mais conceituadas incorporadoras do Rio de Janeiro, por meio de uma combinação de pagamentos em ativos imobiliários de R$ 90 milhões, e um componente em espécie, de igual valor.

Em se tratando do Hotel Fasano, trata-se da venda da participação de 80% no projeto Fasano Itaim — empreendimento que engloba o imóvel com o hotel e o restaurante da grife. O negócio saiu por R$ 330 milhões, o que o colocou no ranking das maiores transações imobiliárias de 2022.

ESH Capital

Antes de o aumento de capital ser efetivado na assembleia, o fundo de investimento ESH Capital tentou suspender a AGE por meio da Justiça, mas não conseguiu.

Por conta disso, acabou pedindo a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para propor suspensão de direitos políticos do empresário Nelson Tanure.

Para a gestora, os fundos ligados ao empresário já teriam atingido uma fatia de 50% da Gafisa, fazendo com que a cláusula de “poison pill” seja disparada.

A Esh tenta provar que Tanure exerce o controle da Gafisa por meio de um conjunto de fundos, dentre eles os do Banco Master (ex-Banco Máxima).

Já na AGE do dia 28, a Gafisa acabou atendendo a um pedido da ESH, bem como da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e retirou da pauta de votação na assembleia a proposta para suspender os direitos políticos do fundo da gestora.

Este seria um contragolpe de Tanure contra a gestora, mas que, ao final, acabou não saindo.