A guerra acionária na Gafisa (GFSA3) continua. Em reunião, o conselho de administração subiu o tom e destacou supostos “abusos” por parte do Esh Theta Master Fundo de Investimento. Além disso, o conselho deliberou por autorizar a diretoria a tomar medidas “a serem tomadas em face da Esh em vista dos recorrentes abusos perpetrados em face da companhia”. Isto ocorre porque o fundo pediu mais uma vez a realização de assembleia geral extraordinária, que deveria ocorrer nesta quarta-feira (7), para destituição do atual conselho e eleição de novo. Porém, o conselho entendeu que esta é a quinta vez que a acionista faz esse pedido e diz que “não se justifica a realização de uma nova Assembleia Geral entre a data da AGE 07/02/24, sequer realizada nesta data e convocada entre outros para deliberar sobre a destituição e eleição de novos membros para o conselho”. PREVIDÊNCIA PRIVADA 2024: GUIA DEFINITIVO PARA A SUA APOSENTADORIA O conselho informou também, na pauta da reunião, que tal situação “vem criando instabilidade e prejuízo à regular condução normal dos negócios sociais” e reitera “a indignação e repúdio da administração da Companhia em relação a mais um pedido de convocação de AGE em nova investida para tentar alterar a administração”. Entenda a guerra na Gafisa (GFSA3) Em parelelo, a Esh informou que elevou sua participação na Gafisa para equivalente a 10,07% no capital da companhia, passando a deter 6.978.274 ações. O fundo informou que essa participação adquirida não é suficiente para alterar a atual estrutura de controle da companhia, mas ainda assim, o fundo se reserva o direito de indicar membros para órgãos de governança, como o conselho de administração. A empresa informou nesta terça-feira (6) que recebeu um ofício da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) solicitando sua manifestação sobre um pedido de interrupção da assembleia geral extraordinária (AGE) marcada para amanhã (7), às 17h. O pedido foi feito pela Esh. Segundo a nota da Gafisa, a Esh Theta alega irregularidade em um dos itens da pauta da AGE, que prevê a apuração e a avaliação de prejuízos causados à companhia por condutas imputadas aos acionistas Esh Theta Fundo de Investimento Multimercado, Esh Theta Master Fundo de Investimento Multimercado e à gestora Esh Capital Investimentos Ltda. O item também propõe a propositura de ação de responsabilidade contra esses acionistas, com pedido de bloqueio das ações que eles detêm. A Esh Theta argumenta que o pedido de inclusão desse item na pauta da AGE foi baseado em “hipóteses e especulações” insuficientes para justificar a propositura de ação de responsabilidade. Além disso, a Esh Theta afirma que a Gafisa teria ultrapassado o limite do capital autorizado estabelecido em seu estatuto social ao homologar um aumento de capital em 17 de janeiro. O fundo de investimentos busca tirar os direitos de Nelson Tanure na empresa. Mas a gestora pode enfrentar resistência de outros fundos, que querem que a Gafisa (GFSA3) investigue e cobre os supostos danos causados pela Esh. GUIA DEFINITIVO PARA INVESTIR R$ 300 MIL: BAIXE GRATUITAMENTE