Em mais um capítulo da fraude na Americanas (AMER3) informou que recebeu da PwC correspondência informando a suspensão dos trabalhos de auditoria relacionados às demonstrações financeiras de 2022.
Em comunicado ao mercado divulgado pela varejista, a PwC teria informado que não seria possível concluir os procedimentos de auditoria relacionados às demonstrações financeiras históricas impactadas até que tenham “acesso completo e transparente às informações da Companhia e da investigação independente, incluindo acesso a todos os eventuais relatórios escritos e correspondentes documentos/evidências suporte”.
Diante do pedido, a companhia esclareceu que, tendo em vista as circunstâncias que envolveram a elaboração das suas demonstrações financeiras auditadas relativas a exercícios passados, buscou assegurar que os trabalhos de auditoria e shadow investigation não fossem prejudicados com esforços de defesa, com o objetivo de conferir máxima credibilidade ao trabalho de auditoria em si.
Fraude na Americanas (AMER3): empresa não teria recebido manifestação da PwC sobre troca
Após tentar, sem êxito, em propor à PwC que tivesse cautela adicional na condução dos trabalhos de auditoria e com a necessidade trazer a público demonstrações confiáveis, a empresa deliberou por trocar a auditora.
Diante disso, e de outros fatores, a rede varejista decidiu pela substituição da auditoria da PwC pela BDO. Porém, alegou que não recebeu da PwC qualquer manifestação sobre a substituição, ainda que tenha solicitado a anuência da antiga auditora.
“A Companhia salienta que tal decisão não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até aqui, mas visa tão-somente permitir que as demonstrações financeiras auditadas da Americanas sejam finalizadas e divulgadas adequadamente”, informou a Americanas.
No início de julho, a companhia revelou que diretores da Americanas (AMER3) venderam R$ 244 milhões em ações no segundo semestre de 2022. As informações são do colunista Lauro Jardim, em O Globo, e destacam que o movimento se deu antes da troca de comando e antes da revelação do escândalo contábil em janeiro deste ano.
Vale lembrar que, naquele período, a companhia se preparava para uma transição em sua diretoria, sendo que o CEO, na ocasião Miguel Gutierrez, comandava a empresa por duas décadas.
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