A Eletrobras (ELET3; ELET6) contratou o banco Morgan Stanley para encontrar compradores para suas térmicas. A empresa dá início ao processo para desinvestimento dos ativos a gás, segundo informações do site Pipeline.
O plano da Eletrobras, privatizada desde junho de 2022, é se tornar referência em energia limpa. A companhia, agora, reúne esforços para se desfazer de matrizes poluentes.
A companhia de energia já havia sinalizado ao mercado a intenção de desinvestimento nos ativos. No mês passado, a Eletrobras também informou que ia começar a estruturar o lançamento da venda. A operação é avaliada na casa de bilhão de reais.
O portfólio de térmicas é composto pelas operações Mauá 3, Aparecida, Santa Cruz, Complexo Interior (conjunto que inclui Anamã, Caapiranga, Codajás e Anori), além dos direitos de reversão, em 2025, do Complexo PIEs (Cristiano Rocha, Tambaqui, Manauara, Ponta Negra e Jaraqui) e o projeto de Rio Negro.
Eletrobras passa por turbulências
A Eletrobras passa por tensões com o governo do presidente Lula (PT) e mudanças em seu corpo administrativo.
Atualmente, a União detém uma participação de 10% dos votos em assembleia de acionistas da empresa.
Além disso, a companhia anunciou trocas de comando em diversas áreas. A principal mudança foi a saída de Wilson Ferreira Júnior, ex-CEO da Eletrobras. A diretora de relações com investidores (RI) Paula Prado Rodrigues também deixou o cargo para assumir a Diretoria Jurídica de Empréstimo Compulsório.
Mesmo diante dessas turbulências, a administração da Eletrobras segue com o planejamento de descarbonização, informou o Pipeline.