A CPI da Americanas (AMER3) foi protocolada na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (9). A iniciativa partiu do deputado André Fufuca (PP-MA), que é o líder da legenda na Câmara. A comissão parlamentar de inquérito pretende investigar uma suposta fraude na contabilidade da rede varejista.
O pedido contou com assinaturas de 216 parlamentares e tem apoio de deputados ligados ao governo. A decisão da instauração da CPI ficará a cargo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que chegou a citar a gravidade dos fatos.
Outros partidos do grupo chamado Centrão, como o MDB e o Republicanos, que negociam pontualmente sua adesão à base do governo, são os principais apoiadores da ideia da CPI. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e dono da maior bancada da Casa, também teria dado apoio.
CPI da Americanas (AMER3) é vista como tentativa de força de Lira
Nos bastidores, a CPI é vista como uma tentativa de demonstração de força de Arthur Lira diante do governo, a fim de criar uma pauta própria e não deixar a Câmara como coadjuvante diante das principais prioridades do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad: a aprovação de um novo arcabouço fiscal, que deve ser enviado ainda este mês, e da primeira etapa da reforma tributária.
Além disso, deputados mais ligados a Lira e André Fufuca falam abertamente em investigar outras empresas do 3G, grupo formado pelos empresários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, e que é acionista de referência da Americanas e controlador da Ambev (ABEV3).
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