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Coca-Cola reporta lucro de 3,69 bi no 3TRI25, superando estimativas

Coca-Cola reporta lucro de 3,69 bi no 3TRI25, superando estimativas

A gigante americana de bebidas Coca-Cola (KO; COCA34) reporta lucro no 3TRI25 de US$ 3,69 bilhões, representando um crescimento expressivo de 30% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O resultado surpreendeu positivamente o mercado financeiro, com o lucro por ação ajustado atingindo US$ 0,82, superando as estimativas dos analistas de Wall Street que projetavam US$ 0,78 por ação.

A Coca-Cola reporta lucro de 3,69 bi no 3TRI25 superando estimativas e demonstrando resiliência em um cenário econômico desafiador, marcado por incertezas e pressões inflacionárias que afetam o consumo global.

Receita consolida crescimento com desempenho acima das projeções

A receita líquida da companhia apresentou expansão de 5% no terceiro trimestre, totalizando US$ 12,5 bilhões, cifra que também ficou acima do consenso de mercado de US$ 12,39 bilhões. Quando analisada a receita orgânica, que exclui os efeitos de aquisições, desinvestimentos e variações cambiais, o crescimento foi ainda mais robusto, alcançando 6% no período. Esse desempenho reflete a capacidade da empresa de implementar estratégias de precificação eficazes e expandir seu portfólio de produtos premium.

O volume unitário de caixas comercializadas registrou aumento de 1% no trimestre, revertendo a tendência de queda observada no período anterior. Embora esse crescimento seja modesto, representa um sinal positivo para a companhia, indicando que a demanda está se estabilizando após momentos de maior fragilidade. Vale destacar que essa métrica exclui os impactos de preços e câmbio, refletindo mais precisamente a demanda real pelos produtos da marca.

As ações da Coca-Cola reagiram positivamente aos resultados, subindo aproximadamente 2,5% a 3% nas negociações do pré-mercado em Nova York. Esse movimento demonstra a confiança dos investidores na estratégia da companhia e em sua capacidade de navegar por um ambiente macroeconômico complexo, mantendo lucratividade e crescimento mesmo diante de ventos contrários.

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Desafios regionais e comportamento do consumidor

Apesar dos resultados consolidados positivos, a Coca-Cola enfrenta desafios específicos em mercados-chave. Na América Latina, incluindo o Brasil, as receitas apresentaram recuo de 4% no período, impactadas principalmente por efeitos cambiais desfavoráveis, embora tenha havido melhorias no mix de produtos e na estratégia de precificação.

O volume de vendas na região permaneceu estável, não contribuindo para compensar os impactos negativos da desvalorização das moedas locais frente ao dólar.

Na América do Norte, o cenário também se mostra desafiador, com volumes estáveis refletindo a cautela dos consumidores, especialmente aqueles de baixa renda, que têm reduzido gastos com produtos não essenciais. Executivos da companhia já haviam sinalizado essa tendência em trimestres anteriores, destacando que consumidores com menor poder aquisitivo nos Estados Unidos têm comprado menos refrigerantes.

Em resposta, a empresa tem trabalhado para oferecer opções mais acessíveis e embalagens de diferentes tamanhos para atingir esse público.

Diversificação impulsiona crescimento por categoria

A análise por segmento de produtos revela que a diversificação do portfólio tem sido fundamental para o desempenho da Coca-Cola. O maior crescimento de volume foi registrado no segmento de águas, isotônicos, café e chá. As águas engarrafadas e bebidas esportivas apresentaram expansão de 3% no volume, enquanto café e chá cresceram 2%. Esses números evidenciam o sucesso da estratégia da companhia em ampliar sua presença além dos refrigerantes tradicionais.

O segmento de refrigerantes com gás, que ainda representa o core business da empresa, manteve volumes estáveis no trimestre. Já a categoria de sucos, laticínios com valor agregado e bebidas à base de plantas registrou retração de 3% no volume.

Destaque especial para produtos premium como o leite Fairlife e a água com gás Topo Chico, que se beneficiaram de aumentos de preços e têm sido motores importantes de crescimento para a companhia.

A Fairlife, marca de leites ultraprocessados adquirida integralmente pela Coca-Cola em 2020, ultrapassou US$ 1 bilhão em vendas no varejo em 2022. O investimento total na aquisição superou US$ 7 bilhões, considerando pagamentos contingentes, tornando-se a maior compra da história da Coca-Cola e demonstrando a aposta da empresa em diversificação estratégica.

Projeções mantidas e perspectivas para 2026

A Coca-Cola reiterou seu guidance para o ano completo de 2025, projetando crescimento do lucro por ação comparável de 3% e expansão da receita orgânica entre 5% e 6%. Essa manutenção das projeções transmite confiança da administração na capacidade de execução da estratégia estabelecida, mesmo reconhecendo que a demanda por bebidas ainda permanece fraca em alguns mercados.

Para 2026, a companhia projeta um ligeiro impacto positivo em sua receita e lucros comparáveis devido às flutuações cambiais esperadas. A empresa informou que fornecerá uma previsão completa para o próximo ano fiscal durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2025.

Adicionalmente, a Coca-Cola reportou fluxo de caixa livre acumulado no ano de US$ 2,4 bilhões, excluindo um pagamento significativo de contraprestação contingente relacionado à aquisição da Fairlife, demonstrando forte geração de caixa operacional que sustenta investimentos e retorno aos acionistas.

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