A EQI Research publicou o relatório sobre a carteira recomendada de ações para maio – a chamada carteira de Dia das Mães. Foram feitas algumas adaptações para uma postura mais prudente após um mês de abril decepcionante para quem esperava manifestações mais claras sobre o início do processo de corte de juros nos Estados Unidos.
“Neste mês de maio resolvemos, finalmente, dar ouvidos às nossas mães, que sempre dizem: ‘cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém’. Ok, talvez este ditado popular possa estar mais associado às avós, mas vem bem a calhar para nossa nova Carteira EQI das Mães. Resolvemos adotar nossa carteira de salvaguardas mais robustas, adaptada a períodos em que o apetite a riscos ainda não renasceu”, citou o relatório da EQI Research.
De fato, enquanto o Ibovespa caiu 1,70% no mês, a carteira EQI de Tiradentes cedeu 4,36%, exposta que estava à ações mais responsivas ao cenário, considerado frustrado, de juros cadentes – algo que o mercado esperava.

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Após o mês de expectativas frustradas, a casa de análises está revendo o preço alvo para o Ibovespa, agora de 149.000 pontos (versus 160.000 anteriormente). De acordo com o relatório, há um novo conjunto de probabilidades adotado nos cálculos, agora mais cautelosos.
“Há que se considerar também o ano ruim de Vale, maior peso do índice. Continuamos muito céticos com a ação e esperamos que o desempenho do Ibovespa vai continuar a sofrer por conta de VALE3”, adiantou o documento
Diante disso, foram feitas seguintes alterações:
- Eliminação das posições em Rede Dor (RDOR3) e Mitre (MTRE3);
- Redução da posição em B3 (B3SA3) para 5% de 10% anteriormente;
- Aumento da exposição a Sabesp (SBSP3) para 10% de 7%; e
- Inclusão de Copel (CPLE6), com participação de 10%.

Cenário para carteira recomendada de ações
Olhando adiante, a EQI Research decidiu ajustar as velas para uma jornada mais gradual e longa de queda de juros, principalmente por conta da reorientação da bússola do Federal Reserve (Fed). Apesar de sinalizar em sua última reunião o início dos cortes de juros por lá para breve, a inflação americana resiste em ceder, ainda distante da meta de 2,0%.
“Com isso as expectativas do mercado foram realinhadas nas últimas semanas: se há quatro meses esperava-se cortes já em março, atualmente o mercado precifica maior probabilidade de cortes apenas em setembro”, disse o relatório.
Segundo o relatório, esse realimento de expectativas implica em postergação da perspectiva de busca acentuada de maior risco em renda variável por parte de investidores, tanto internacionais quanto locais. Afeta também o ritmo potencial de cortes de juros no Brasil, uma vez que taxas de juros americanas mais altas tendem a tornar o dólar mais forte versus o real – e outras moedas -, o que pode (a depender da magnitude e duração de uma desvalorização cambial) ter efeitos inflacionários no Brasil.

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