A EQI Research publicou relatório com sua carteira de dividendos para o mês de novembro com uma alteração. Depois de uma boa performance recente, a casa de análise removeu Tegma (TGMA3) e adicionou Copel (CPLE6).
De acordo com o relatório, a inclusão da Copel reflete a o momento atual da empresa, com caixa reforçado, tendo recentemente realizado desinvestimentos significativos, como a venda de usinas térmicas e sua participação na Compagas, arrecadando cerca de R$ 1,2 bilhão.
“Dessa forma, acreditamos que a Copel estará mais preparada para equilibrar o crescimento no segmento de distribuição com a distribuição de rendimentos aos acionistas”, diz trecho do relatório.
Em termos setoriais as maiores exposições seguem sendo Bancos (com 40%), Eletricidade (com 25%) e Petróleo (com 20%).

Carteira de dividendos: cenário econômico
Por aqui, as questões macroeconômicas seguem direcionando as cotações. Apesar dos bons resultados agregados dos lucros das empresas que compõe o Ibovespa, a bolsa de valores segue muito dependente de fluxos estrangeiros para momentos de altas na bolsa, como visto em agosto passado.
“Depois de frustrados com o desenrolar de 2024, quando viramos o ano passado prevendo quedas sustentadas dos juros domésticos e maiores fluxos para ativos de risco, seguimos cautelosos ao olhar adiante. Temos presenciado uma deterioração adicional na percepção dos mercados sobre o Brasil, com inflação corrente e prospectiva muito distantes da meta de 3,0% a.a. e desvalorização cambial relevante retroalimentando os riscos inflacionários forçando o Banco Central a retomar a elevação de juros”, diz parte do relatório.
Cenário internacional
No plano internacional, a vitória de Donald Trump, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, é considerada negativa para a renda variável. O relatório cita que as ideias do agora presidente eleito são bastante conhecidas e devem pressionar para cima a inflação e ampliar o déficit público nos EUA.
Em termos práticos, uma vitória republicana significa que os juros americanos podem demorar mais a recuar, fazendo com que dólar fique mais forte por mais tempo (com o real mais depreciado), seja por fluxo financeiro, seja por embates comerciais ou tarifários mais acirrados com a China, maior parceira comercial brasileira.
“Estão no menu corte de impostos corporativos, aumentos de tarifas comerciais (especialmente contra produtos chineses), desregulamentação da economia e menores incentivos para adoção de fontes renováveis de energia. Haveria também uma política migratória mais restritiva”, cita outro trecho do documento.
Calendário estimado de pagamento de dividendos das ações em carteira
Confira abaixo o cronograma estimado de pagamento de dividendos:

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