A EQI Research publicou relatório com sua carteira de dividendos para o mês de outubro sem alterações com relação ao mês anterior. Apesar da recente queda nos preços de petróleo, a casa de análises julgou a capacidade de curto e médio prazos de a empresa pagar dividendos sólidos o principal atrativo da ação. No setor bancário, continua comprado em Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4).
“Estamos mantendo intacta nossa carteira de ações pagadoras de dividendos pois vemos seus fundamentos financeiros preservados. Apesar da volatilidade nos preços das ações, a capacidade de geração de caixa para o acionista de cada história individual está preservada”, divulgou a EQI Research.
Depois de um agosto bastante positivo para a bolsa brasileira e para a carteira, setembro foi um mês negativo, com desempenho ruim dos ativos de risco brasileiros. A carteira cedeu 5,48% entre os dias 10 de setembro e 10 de outubro. No mesmo período, o IDV caiu 2,64%.

Carteira de dividendos: cenário econômico
Por aqui, o ponto de vista de fundamentos locais, as crescentes preocupações fiscais e o início do processo de elevação da taxa de juros básica no Brasil continuam a pesar bastante no sentimento dos investidores. Essencialmente, a Research continua a ver a economia brasileira crescendo acima do potencial, o mercado de trabalho apertado, as expectativas de inflação para os próximos dezoito meses (em quase 4,0%) bem acima da meta de 3,0%, mas com o cenário fiscal preocupante.
“Quanto a este tópico, embora a projeção indique que o orçamento federal será cumprido no limite inferior da faixa de tolerância da meta, os gastos extraordinários têm aumentado significativamente, gerando preocupações quanto à trajetória da dívida pública brasileira, o que também afeta a curva de juros futuros, especialmente nos prazos mais longos”, completa.
O relatório lembra que até o início de 2025, é possível ter os juros básicos no Brasil novamente acima da marca psicológica de “1,0% ao mês”, o que deve prolongar a preferência por ativos de renda fixa versus renda variável.
Cenário internacional
A reversão de fluxo estrangeiro para a bolsa, considerado um fator primordial para o desempenho positivo no mês anterior, e a contínua retirada de recursos dos fundos institucionais locais foram determinantes para o mês ruim.
“Seguimos vendo os ativos de risco brasileiros muito dependentes de fluxos estrangeiros para momentos mais positivos. O início do tão aguardado processo de corte de juros nos EUA começou, mas os esperados efeitos positivos decorrentes dele para mercados emergentes ainda estão longe de se materializar”, completa.

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