Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Ações
Notícias
Carta de Sérgio Rial traz bastidores sobre Americanas (AMER3)

Carta de Sérgio Rial traz bastidores sobre Americanas (AMER3)

A carta de Sérgio Rial, ex-CEO da Americanas (AMER3) traz um pouco dos bastidores de seus nove dias à frente da rede varejista. Entre outras coisas, ele projetava abraçar diversos desafios que entendia ser inerentes a uma empresa de varejo próxima de completar 100 anos de fundação – a Americanas foi fundada em 1929.

Em sua carta, ele definiu o propósito que aceitou ao participar como CEO da empresa: “agregar minha experiência profissional e reoxigenar o legado em prol do desenvolvimento da companhia”, disse ele em sua carta.

Traz ainda bastidores dos momentos que antecederam a divulgação do fato relevante do dia 11 de janeiro, que trouxe ao mundo das empresas a inconsistência de R$ 20 bilhões no balanço da companhia.

Segundo ele, como CEO, foi preciso entrar em contato com executivos de gestões anteriores e questionar, bem como entender as preocupações e novas perspectivas da empresa.

“Nessas conversas, informações e dúvidas foram compartilhadas e com o natural aprofundamento para entendê-las e dar-lhes direcionamentos conjuntamente com o novo CFO, Andre Covre, chegamos ao quadro do fato relevante com transparência e fidedignidade!”, disse ele em sua missiva, divulgada por meio de sua conta na rede social corporativa LinkedIn.

Publicidade
Publicidade

Rial nega que tenha tido conhecimentos anteriores sobre esse suposto rombo e fala que “quaisquer especulações ou teorias distintas disso são leviandades”. Acrescenta ainda que jamais transigiria com a própria biografia, o que poderia manchar sua imagem.

Carta de Sérgio Rial correção de rota foi uma imposição

Ainda de acordo com o executivo, quando deparado com a inconsistência anunciada no dia 11, foi percebida a imposição de uma “correção de rota”. O que, de acordo com ele, partiu da transparência e do apoio incondicional do Conselho de Administração e dos acionistas de referência – representados pelo trio Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

“Aqui, minha segunda reflexão: ser líder não é ser corajoso, mas ser responsável e ético; não é ser herói ou heroína, mas ter a resiliência para defender a verdade e fazer o que é certo”, avaliou ele.

Sobre a saída do comando da companhia, poucos dias após assumir, ele entendeu que seria necessário, pois abriria espaço para uma reestruturação – que de fato está prestes a acontecer.

“É preciso saber o momento de se posicionar dentro de um novo contexto que se apresenta. Foi o que fiz, sem me descomprometer em ajudar no que estivesse ao meu alcance. Essa é a minha terceira reflexão. Vou, portanto, neste momento, continuar a contribuir com minhas capacitações, experiência, seriedade e transparência”, ressaltou.

Confira a carta de Sérgio Rial na íntegra

“Tenho feito várias reflexões sobre a minha rápida passagem pela liderança das Americanas, algumas das quais compartilho com vocês.

A liderança das Americanas, projetava diversos desafios inerentes a uma empresa de varejo chegando aos seus 100 anos. Na pauta de objetivos estava um projeto de crescimento onde consumidor, tecnologia, marketing, entre outras competências se entrelaçavam. Foi esse o meu propósito, a minha motivação ao aceitar a posição que os acionistas me confiaram: agregar minha experiência profissional e reoxigenar o legado em prol do desenvolvimento da companhia.

Nesses breves nove dias como presidente, os desafios e os ensinamentos, contudo, foram outros, mas extremamente importantes.

Coube-me, como executivo-líder, primeiro entrevistar executivos remanescente, questionar e entender quaisquer preocupações e novas perspectivas. Nessas conversas, informações e dúvidas foram compartilhadas e com o natural aprofundamento para entendê-las e dar-lhes direcionamentos conjuntamente com o novo CFO, Andre Covre, chegamos ao quadro do fato relevante com transparência e fidedignidade! Quaisquer especulações ou teorias distintas disso são leviandades. Eu jamais transigiria com a minha biografia.

Portanto, com a conclusão do diagnóstico inicial, surgiu a necessidade premente de correção de rota. E essa correção partiu da transparência e do apoio incondicional que recebi do CA e dos acionistas de referência. Aqui, minha segunda reflexão: ser líder não é ser corajoso, mas ser responsável e ético; não é ser herói ou heroína, mas ter a resiliência para defender a verdade e fazer o que é certo.

Quanto à minha saída, ela decorre do entendimento da necessidade de abrir espaço para que a empresa pudesse se reestruturar de um ponto de partida totalmente distinto do que eu esperava encontrar. É preciso saber o momento de se posicionar dentro de um novo contexto que se apresenta. Foi o que fiz, sem me descomprometer em ajudar no que estivesse ao meu alcance. Essa é a minha terceira reflexão. Vou, portanto, neste momento, continuar a contribuir com minhas capacitações, experiência, seriedade e transparência, seguindo sempre as premissas que nortearam toda minha trajetória profissional e pessoal.

São lições profundas de governança, autenticidade e coerência que esses nove dias escreveram na minha história”.

Quer saber mais sobre a carta de Sérgio Rial e investir melhor? Preencha este cadastro que um assessor da EQI Investimentos entrará em contato